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La Casa de Papel e mais 4 seriados para os profissionais de RH do futuro

Algumas habilidades para o RH podem ser aprendidas fora de palestras e com o conforto e diversão de uma boa maratona em casa

La Casa de Papel.  (imdb/Divulgação)

La Casa de Papel. (imdb/Divulgação)

Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 31 de janeiro de 2020 às 06h00.

Última atualização em 31 de janeiro de 2020 às 07h00.

São Paulo - O que uma comédia sobre o Vale do Silício e um drama policial sobre assassinos em série têm em comum? Os dois podem trazer lições interessantes para profissionais de Recursos Humanos do futuro.

Palestras e cursos tem seu valor para a capacitação e atualização dos RHs, mas Alexandre Uehara, consultor de inovação e Leadership Team Member da Singularity Chapter São Paulo, acredita que os seriados podem ajudar com um fator essencial do futuro do trabalho: a mudança de mentalidade.

“O RH tem que conversar com área criativas e inovadoras e acompanhar as mudanças que ocorrem dentro da empresa e das pessoas. Se a área quiser se tornar mais estratégica, ela precisa liderar a inovação também, trabalhando com novas visões e pensando em novas formas de trabalho dentro de seu próprio time”, fala ele.

Uehara separou cinco recomendações de seriados que considera ter lições complementarem para atualizar a mentalidade do profissional de RH, ajudando a visualizar e se aproximar da forma de trabalho dos talentos da área de tecnologia e startups.

Confira os 5 seriados para o RH moderno e inovador:

Mindhunter

No drama policial, os agentes do FBI procuram entender a mente de assassinos em série. Enquanto viajam pelos Estados Unidos para entrevistar os criminosos, eles ajudam na investigação de crimes e precisam criar uma metodologia nova para entender a mente de psicopatas.

“Acho que os recrutadores podem aprender muito com as cenas de entrevistas dos assassinos em série. A principal característica aqui é a criação de empatia com os criminosos, onde os investigadores precisam criar uma conexão, encontrar a melhor para conversar e tirar as informações deles”, explica.

Sillicon Valley

A série de comédia acompanha todo o processo de evolução de uma startup, desde a criação de um aplicativo e a busca por investimento até o momento que o negócio se torna um unicórnio (empresas com valor superior a US$ 1 bilhão). Segundo Uehara, a série é rápida e ajuda a entender a forma de trabalho do Vale do Silício e as diferentes fases do negócio.

La Casa de Papel

Além de um curso de liderança e negociação, como abordado em matérias anteriores por EXAME, a série da Netflix é um exemplo do trabalho dinâmico feito dentro de squads e por equipes multidisciplinares.

O personagem que elabora o plano para roubar a Casa de Moeda da Espanha junta uma equipe com habilidades diversas e estabelece metas para cada um. Assim, o RH pode entender melhor como funciona a dinâmica do trabalho ágil.

“A série pode ser vista como um exemplo de uso de metodologia ágil. Ao criar uma equipe multidisciplinar, você precisa de um líder que motiva, não de um chefe que controla”, comenta ele.

Black Mirror

A série disponível na Netflix já é muito popular por mostrar tecnologias disruptivas em contextos assustadores e extremos. Embora as histórias pareçam muito distantes da atualidade, Uehara avisa que boa parte dos dispositivos mostrados na série já existem no mercado, mas que eles não são a parte da lição mais importante para o RH.

“A questão de cada capítulo de Black Mirror é centrada na relação humana com a tecnologia. Como nós utilizamos e reagimos a ela. Para o RH inovador, é necessário ter o pensamento de como seus colaboradores vão interagir com novas tecnologias antes de adotá-las na empresa”, explica.

Person of Interest

O seriado mostra um computador que usa Inteligência Artificial para prever assassinatos utilizando análise de dados do mundo todo. “Essa área de predição de acontecimentos por meio de algoritmos pode se tornar parte do trabalho do RH no futuro. Além disso, a série ilustra bem como funciona o fenômeno da Big Data e o potencial que o uso de dados pode ter”, diz Uehara.

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