Carreira

Jovens pensam a carreira do jeito errado, diz ex-coach do Google

Carreira hoje é parecida com um smartphone: dinâmica e customizável, segundo ex-coach que trabalhava para o Google

Tapete de entrada do escritório do Google em Paris: pare de se preocupar tanto com emprego dos sonhos (Jacques Brinon/Reuters)

Tapete de entrada do escritório do Google em Paris: pare de se preocupar tanto com emprego dos sonhos (Jacques Brinon/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2017 às 16h00.

Última atualização em 23 de maio de 2017 às 16h00.

São Paulo - A faculdade terminou e é hora de começar a construir a carreira que você sempre quis. Por onde começar?

A dúvida assola inúmeros recém-formados mundo afora, causando estresse e ansiedade – especialmente quando a realidade não se molda ao “emprego dos sonhos” ou à trajetória profissional bem definida que muitos já desejam ter logo no começo.

Para Jenny Blake, ex-coach de carreira do Google, esse é o jeito errado de pensar sobre a sua carreira.

Os jovens de hoje, especialmente aqueles na casa dos 20 anos, não deveriam buscar tanto o trabalho perfeito. Em vez disso, deveriam focar nas experiências e aprendizados que uma oportunidade profissional pode lhe proporcionar hoje. Isso vai te ajudar a descobrir onde você é melhor e o que você mais gosta de fazer – para aí sim focar esforços mais direcionados na tal carreira ‘dos sonhos’, ou melhor, dos seus sonhos.

A estrutura de carreira que Blake vê no mercado atual não é mais aquela escada, em que o profissional ascende passo a passo e deve começar a percorrer assim que possível. É, na verdade, mais parecida com um smartphone: dinâmica e customizável.

A comparação tecnológica não para por aí. Em entrevista à CNBC, ela diz que a nossa formação é como um aparelho celular novinho, que acaba de sair da caixa. “Agora é você que decide fazer downloads de aplicativos para diferentes habilidades, interesses, experiências e conhecimentos que vão lhe ajudar a começar a construir momentum em sua carreira.”

Construa a própria trajetória

Segundo especialistas, a geração dos millennials já é a mais propensa a trocar de emprego na juventude. Ainda assim, essa troca pode ser mais eficaz quando envolve uma reflexão e análise sobre a sua situação atual e suas vivências. Blake aconselha que você avalie o que gosta e o que não gosta em seu emprego atual, por exemplo, ou o que a indústria em que deseja atuar pede em termos de habilidades.

Para ela – que cofundou o programa de mentoria Career Guru do Google, que atua em mais de uma dezena de países –, também é útil desenvolver desde já habilidades de comunicação, resolução de problemas e trabalho em equipe, todas soft skills em alta no mercado atual.

Se você tem dúvidas sobre que caminho seguir ou quais habilidades desenvolver, o ideal é dedicar um tempo ao autoconhecimento, tanto por meio de leituras e vídeo como de programas presenciais e online, como é o caso do Autoconhecimento Na Prática, oferecido pela Fundação Estudar.

É só assim, testando e entendendo coisas diferentes e se aprimorando naquilo que quiser, que você vai construir uma carreira sólida nesse novo mercado. “É OK testar várias coisas diferentes”, conclui ela, se dirigindo aos jovens em início de carreira. “Você está entendendo no que é bom e o que mais gosta de fazer.”

  • Este artigo foi originalmente publicado pelo Na Prática, portal da Fundação Estudar

 

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