Carreira

Jovem brasileira é única semifinalista da América em olimpíada de engenharia nuclear

A estudante Alice Cunha da Silva está entre os 10 finalistas mundiais e precisa de sua ajuda para vencer a competição

Alice Cunha da Silva (Arquivo pessoal)

Alice Cunha da Silva (Arquivo pessoal)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2015 às 09h56.

As áreas de engenharia e tecnologia ainda contam com pouca presença feminina, mas isso não impede que estas mulheres façam a diferença e se destaquem em suas carreiras.

É o caso de Alice Cunha da Silva, a jovem estudante de 25 anos que se tornou a única semifinalista do Brasil e das Américas na Nuclear Olympiad, competição internacional de engenharia nuclear promovida pela World Nuclear University (WNU) para premiar alunos de graduação e pós-graduação que apresentem formas de aplicação nuclear que vão além da geração de energia ou combustível.

E o desafio foi grande para a estudante do último ano de engenharia nuclear na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Alice conta a INFO que ficou sabendo do concurso pelo Facebook e pelo site da WNU, e apesar de focar seus estudos justamente na área de geração de energia e usinas, ela teve a ideia de participar da olimpíada falando sobre medicina nuclear - utilizada em tratamentos contra o câncer, mesma doença de sua avó. "É uma área grande e interessante que tem salvado vidas e muita gente não sabe disso", diz.

Para participar da competição, a estudante teve que criar um vídeo de no máximo 60 segundos sobre o tema escolhido. Segundo Alice, os chamados radiofármacos são remédios que podem ser ingeridos ou inalados pelo paciente e têm a característica de se concentrar em regiões isoladas do corpo. “Então, com uma câmera especial que detecta radiação, os médicos podem ter uma imagem melhor de alguns órgãos permitindo fornecer um diagnóstico mais preciso da doença”, diz.

Para chegar até a penúltima fase do concurso, o vídeo de Alice passou por uma triagem com os juízes da World Nuclear University – que analisavam conteúdo, criatividade e relevância do tema – e, depois, foi avaliado pelo número de curtidas no YouTube, plataforma utilizada como base para o concurso.

Agora, a estudante está entre 10 semifinalistas do mundo inteiro e, caso tenha o maior número de curtidas em seu vídeo, passará junto a mais quatro finalistas para a etapa final, que será realizada em 17 de setembro na Agência Internacional de Energia Atômica em Viena, na Áustria.

Esta não é a primeira vez que a jovem se destaca na engenharia. Em entrevista para INFO, Alice conta que já teve a oportunidade de apresentar seu trabalho em um congresso organizado pelo MIT, já estudou por um ano nos Estados Unidos pelo Programa Ciência sem Fronteiras e chegou a cofundar e presidir a Seção Estudantil de Engenharia Nuclear da UFRJ. Em 2012, ela teve o seu trabalho eleito como o melhor projeto do Centro de Tecnologia durante a Jornada de Iniciação Científica em sua universidade. 

Mesmo morando longe da faculdade, na região de Santíssimo, a estudante também ajudou a organizar durante três anos a Semana de Engenharia Nuclear da UFRJ e hoje concilia sua rotina de estudos com um estágio. “Apesar das dificuldades para estudar, a universidade me possibilitou oportunidades que nem meus pais imaginavam pra mim”, afirma.

Para ajudar Alice a chegar em Viena e vencer a olimpíada, basta clicar no botão ‘Gostar’ em seu vídeo no YouTube até quinta-feira, 9 de julho, data em que os juízes farão a contagem no número de curtidas. 

yt thumbnail
Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasEngenhariaINFOInovaçãoMetrópoles globaisRio de Janeiro

Mais de Carreira

Escala 6x1: veja quais setores mais usam esse modelo de trabalho, segundo pesquisa

Como preparar um mapa mental para entrevistas de emprego?

Para quem trabalha nesses 3 setores, o ChatGPT é quase obrigatório, diz pai da OpenAI, Sam Altman

Sam Altman diz que usou esta estratégia para viver sem arrependimentos: 'Arriscado é não tentar'