livro (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2014 às 07h54.
A preparação para quem pretende prestar vestibular no fim do ano já começa agora. Os cursinhos pré-vestibulares estão com inscrições abertas e os estudantes podem escolher desde opções gratuitas até aquelas que custam R$ 2.333 mensais - valor próximo ao cobrado pelas universidades mais caras em seus cursos de graduação.
Os candidatos que desejam pleitear uma bolsa também precisam correr. A maioria das provas que dá descontos ou das entrevistas para seleção com critérios socioeconômicos ocorre até o fim deste mês.
Os cursos pré-vestibulares servem como revisão do conteúdo do Ensino Médio. Colocam em grau de igualdade todos que concorrem no vestibular. Os concursos são cada vez mais exigentes e pedem formação ampla e redações redondas, avalia a coordenadora pedagógica do Curso e Colégio Objetivo, Vera Lúcia da Costa Antunes. A professora lembra que os cursinhos também contribuem com os simulados em que o estudante pode testar os conhecimentos em provas com duração parecida com a do vestibular.
Os módulos extensivos, que duram o ano todo, são os mais procurados, conforme a coordenadora do cursinho da Poli, Alessandra Venturi. Há um acompanhamento maior. Em maio, abrimos novas inscrições e em agosto há outra turma, ressalta. Os alunos que fazem a preparação no Anglo, por exemplo, chegam a estudar 70 mil horas em sala de aula para o vestibular. São 40 aulas de 50 minutos por semana, o que soma 2 mil horas por semana e até dezembro são 35 semanas, enumera o coordenador dos cursinhos Anglo da região oeste, Fernando Augusto Nascimbeni.
Com tanto tempo investido nos estudos, Nascimbeni recomenda que os alunos se organizem para tirar maior proveito das aulas. É preciso investir nos pontos fortes, ao mesmo tempo em que se vai aprimorando os pontos fracos, diz. Outra questão que deve ser trabalhada, para ele, é a escolha profissional. O estudante precisa buscar o máximo de informações possíveis e verificar se a carreira escolhida é a que realmente se gosta. Muitos começam a faculdade e depois acabam voltando para o cursinho.
A estudante Giovanna Barabba, de 16 anos, ainda não decidiu a graduação que quer cursar, mas já definiu que vai passar o ano estudando para entrar na faculdade. Termino o Ensino Médio neste ano e farei cursinho para reforçar e conseguir fazer faculdade no ano que vem, conta. Ela vai cursar o terceiro ano do Ensino Médio durante a manhã e o cursinho à tarde. Vou tentar Medicina na Universidade de São Paulo (USP) e Engenharia nas faculdades federais. Pretendo me dedicar bastante, diz.
Já João Victor Silva Ferreira, de 17 anos, fez matrícula na semana passada no cursinho. Cheguei muito perto na prova para a USP e agora pretendo estudar para entrar, diz. Ele terminou o Ensino Médio em 2013 e tentou ingressar no curso de Engenharia da Produção. Eu trabalho como menor aprendiz e, além do cursinho, pretendo me dedicar quatro horas por dia aos estudos, afirma.
De graça
A rede Emancipa é uma das opções para os que pretendem estudar gratuitamente. A rede oferece mil vagas em dez unidades localizadas em diferentes regiões de São Paulo. Qualquer pessoa pode inscrever-se. Se exceder o limite, há seleção por sorteio, com prioridade para alunos oriundos da escola pública, afirma a coordenadora da unidade Ipiranga, Mariana Rosell. Segundo ela, o cursinho reúne, na maioria, estudantes mais velhos que trabalham além de alunos da rede pública. Os professores são estudantes de universidades públicas e voluntários, explica.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.