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IBGE admite risco de não ter dados de desemprego do mês de maio

A coleta de maio sofreu atrasos em Salvador e Porto Alegre, o que levou o IBGE a divulgar nesta quinta-feira, 26, os resultados apenas do Rio, São Paulo, Recife e Be

Emprego (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2014 às 09h24.

Caso a greve de servidores tenha prejudicado a qualidade das informações coletadas para a Pesquisa Mensal de Emprego, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) pode deixar de ter a taxa média de desemprego em maio para o conjunto das seis principais regiões metropolitanas do País.

"A gente não garante que vai divulgar Salvador e Porto Alegre antes de avaliar a análise e a imputação (falta de respostas)", afirmou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

A coleta de maio sofreu atrasos em Salvador e Porto Alegre, o que levou o IBGE a divulgar nesta quinta-feira, 26, os resultados apenas do Rio, São Paulo, Recife e Belo Horizonte. A coleta dos dados de junho também está atrasada.

O órgão deslocou servidores para recuperarem as informações de maio das regiões metropolitanas de Salvador e Porto Alegre, que serão posteriormente tratadas e avaliadas, antes que possam ser divulgadas.

Segundo Azeredo, a região metropolitana de Porto Alegre foi a mais prejudicada. Por causa da paralisação, dois municípios da região não tinham informações coletadas. "Ontem (funcionários) já tinham coberto 70% desses dois municípios que estavam zerados", afirmou Azeredo.

O coordenador contou que a Pesquisa Mensal de Emprego já registrou perda de dados devido a uma greve, mas apenas na década de 80, quando ainda não havia tecnologia disponível e os questionários eram realizados em papel, sem transmissão digital de dados.

As informações de Salvador foram transmitidas digitalmente nesta quarta-feira, 25, com cobertura também de cerca de 70%. Mas não houve tempo de fazer a análise dos dados. "Em função do jogo, a gente não conseguiu preparar (o material) para divulgar", justificou Azeredo.

O coordenador explica que o atraso na coleta pode comprometer a qualidade das informações na medida em que as respostas dos entrevistados é referente a um período mais distante, e não à semana imediatamente anterior ao questionário. "Altera a qualidade do dado. É feito todo um trabalho para evitar isso", acrescentou.

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