Avanços recentes indicam que estamos próximos de desbloquear o potencial da IA para o raciocínio complexo, diz estudo (Freepik)
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Publicado em 16 de março de 2024 às 07h30.
Todos os anos, desde 1987, a cidade Austin, nos Estados Unidos, recebe um dos mais influentes eventos de economia criativa do mundo: o South by Southwest (SXSW). Das artes à tecnologia, a conferência costuma atrair olhares do mundo todo por sempre anunciar as mais relevantes tendências culturais e tecnológicas. E não seria diferente em 2024.
No último sábado, 9, a professora de previsão estratégica na Universidade de Nova York, Amy Webb, apresentou a 17ª edição do Tech Trends Report, um estudo do Future Today Institute, do qual ela é presidente, que traz quase 900 tendências para os próximos anos. Dentre as provocações do relatório, uma chamou atenção: poderia a IA raciocinar?
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Segundo o documento, existem avanços recentes que indicam que estamos próximos de desbloquear o potencial da IA para o raciocínio complexo. O estudo sugere que, talvez, a humanidade possa alcançar a inteligência artificial geral (IAG) – quando um computador consegue executar qualquer tarefa que um cérebro humano também consegue.
“A Microsoft recentemente surpreendeu a comunidade de IA ao se tornar a primeira grande empresa de tecnologia a argumentar que os sistemas atuais exibem faíscas de IAG”, diz o estudo. “Embora nunca tenha feito essa mesma afirmação, a equipe da DeepMind, do Google, demonstrou capacidades iniciantes de IA geral em sua pesquisa.”
No entanto, o levantamento pondera que, apesar de existir a possibilidade da IAG se tornar uma realidade, os avanços nesse campo de estudo têm sido desiguais. Isso porque, ao contrário do que ocorre em filmes de ficção científica (em que robôs inteligentes dominam a espécie humana), os avanços da inteligência artificial concentram-se em aspectos criativos.
“Inicialmente, acreditava-se que a IA se destacaria em trabalhos baseados na razão, particularmente em matemática, dada a habilidade natural dos computadores em lidar com números em uma velocidade muito superior às capacidades humanas”, diz o documento. “No entanto, a evolução da IA tomou um rumo um tanto inesperado, voltando-se muito mais para as aplicações criativas do que as puramente de raciocínio lógico”, finaliza.
Apesar da previsão mais ousada, o estudo também traz outras aplicações da IA no futuro, que são mais prováveis de acontecer. Veja as mais relevantes.
*Este conteúdo é apresentado por Faculdade EXAME