Ainda há poucas políticas para inclusão de mulheres e outras "minorias" dentro das empresas (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 1 de setembro de 2011 às 21h38.
São Paulo - Uma pesquisa publicada no Hormones and Behavior, periódico da Society for Behavioral Neuroendocrinology, dos Estados Unidos, revelou que a escolha por determinados tipos de carreira está relacionada com maior ou menor presença de hormônios sexuais no organismo. O estudo concluiu que a presença dessas substâncias em mulheres fazem com que elas prefiram profissões majoritariamente escolhidas por homens, ligadas à matemática, ciência ou tecnologia.
Resultado: O estudo mostra que índices altos de hormônios masculinos em mulheres fazem com que elas prefiram profissões majoritariamente escolhidas por homens.
O grupo, coordenado pela professora de psicologia e pediatria da Universidade de Penn State, Sheri A. Barenbaum, comparou as preferências de adolescentes e jovens adultos com hiperplasia adrenal congênita (HAC), um distúrbio genético que aumenta a quantidade de hormônios sexuais masculinos no corpo, com as de pessoas que não têm a doença.
Os participantes classificaram 64 ocupações de acordo com o que gostariam ou não de fazer. Para fins de pesquisa, as profissões foram catalogadas segundo a atenção exigida para "coisas" ou "pessoas". Para carreiras em educação e arte, deduziu-se uma opção por "pessoas". Para as ciências exatas, uma preferência por "coisas". Outras profissões, como a de empreendedor, foram consideradas intermediárias.
O estudo observou que as mulheres com HAC, assim como os homens, preferiram ocupações relacionadas a coisas mais do que as mulheres sem HAC, que optaram em sua maioria por carreiras relacionadas a pessoas.
"Esses interesses são desenvolvidos bem cedo", explica Barenbaum. A pesquisa concluiu que a diferença entre as preferencias dos participantes está relacionada com a maior presença do hormônio masculino. Não há diferenças significativas nas escolhas feitas por homens com ou sem HAC.