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Ganhar menos que a esposa aumenta chance de traição

Segundo estudo da Universidade de Cornell, 6,7% dos homens nos EUA foram infiéis, contra 3,3% das mulheres

Estudo da Universidade de Cornell mostrou que homens tem maior chance de trair que as mulheres

Estudo da Universidade de Cornell mostrou que homens tem maior chance de trair que as mulheres

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Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2011 às 18h56.

Washington - Os homens que ganham menos que suas mulheres são mais propensos a traí-las, especialmente se forem de origem latina, uma forma que talvez tenham encontrado para restabelecer uma identidade de gênero, já que se sentem ameaçados, revela um estudo divulgado nos Estados Unidos.

"Ganhar menos do que a mulher pode ameaçar a identidade de gênero dos homens, ao colocar em evidência a noção tradicional do homem como o arrimo da família", explica Christin Munsch, candidata a doutorado de Sociologia da Universidade de Cornell e autora do estudo apresentado nesta segunda-feira na reunião anual da Associação Americana de Sociologia.

"Esta relação pode ser particularmente forte em certos subgrupos para os quais a masculinidade tem tradicionalmente grande valor, como os homens latino-americanos", acrescentou.

De fato, o estudo mostrou que a infidelidade aumenta notoriamente quando o homem que ganha menos que seu cônjuge mulher é latino, provavelmente porque sustentar economicamente a família "é um dos traços que definem a masculinidade entre os hispânicos".

Por outro lado, o mesmo estudo mostrou que os homens, cujos pares são mais dependentes dele, também são mais propensos a serem infiéis, o que se torna uma situação sem saída para as mulheres.

No entanto, é diferente no caso delas.

Se uma mulher é o arrimo econômico da família, também é mais propensa a enganar seu companheiro, enquanto que, se ela depende de seu marido, é menos provável que seja infiel a ele.

No geral, as mulheres são 50% menos propensas a enganar seus companheiros, sejam quais forem as circunstâncias, segundo o estudo: 6,7% dos homens nos Estados Unidos foram infieis as suas mulheres num período de seis anos, contra 3,3 das mulheres.

"A feminilidade das mulheres não está definida por seu status econômico, e também não se define por suas conquistas sexuais. Portanto, a dependência econômica não é uma ameaça à feminilidade", afirma Munsch.

"Mas, em função da dupla moral sexual, é provável que a dependência econômica leve as mulheres a serem mais fieis".

O estudo indica que "quanto maior a educação, menor é a probabilidade de que elas sejam infiéis", o que parece indicar que a melhor maneira de evitar a traição sem renunciar a um trabalho bem remunerado, seria procurar um par numa biblioteca, num laboratório ou numa conferência.

Munsch analisou dados de 1.024 homens e 1.559 mulheres casados ou concubinos há menos de um ano.

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