Raquel Zagui, vice-presidente de RH da Heineken no Brasil: "A meta é um norte importante, mas, para a mudança ser efetiva, o ambiente precisa ser inclusivo. Há diferenças sensíveis entre os gêneros em termos de aspiração de carreira, anseios e necessidades e precisamos estar atentos a isso" (Omar Paixão/VOCÊ RH)
Victor Sena
Publicado em 17 de março de 2021 às 11h48.
O Grupo Heineken Brasil decidiu que as posições de lideranças da empresa deverão ser ocupadas pelo mesmo número de mulheres do que o de homens. Ou seja, há um objetivo de atingir 50% de mulheres nessas posições até 2026.
Os cargos são de supervisão, coordenação, gerência gerência senior, diretoria e C-Level.
Segundo a Heineken, para alcançar esse objetivo, a empresa já trabalha com o desenvolvimento das mulheres que já atuam na companhia, em todas as áreas, por meio de um mapa de sucessão e de um plano de desenvolvimento pessoal que prevê mentorias e treinamentos.
Além disso, o grupo também pretende aumentar a contratação de mulheres. A empresa tem como diretriz buscar 50% de finalistas do gênero feminino nos processos seletivos.
A empresa reconhece também que o setor cervejeiro é predominantemente masculino, e que a meta é ousada, mas que a direção mostra o compromisso do grupo com a igualdade de gênero.
A vice-presidente de Recursos Humanos do grupo, Raquel Zagui, afirma também que é preciso haver uma mudança cultural na empresa que garanta uma real igualdade de gênero. Para isso, foi formado um grupo interno de afinidade com a participação voluntária de colaboradores de todas as áreas.