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Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2020 às 12h00.
Última atualização em 20 de janeiro de 2020 às 13h00.
Antigamente, o envio de uma correspondência para a alguém na China demorava de dois a seis meses para chegar ao remetente. Imagine como era desafiador fazer negócios com outros países!
Hoje, a tecnologia e a globalização, conectam rapidamente diferentes partes do mundo permitindo que, no mesmo momento, milhares de profissionais de diferentes partes do planeta estejam trabalhando em conjunto com equipes brasileiras, formando times cada vez mais diversos.
O cenário atual traz à tona a necessidade de aprendermos a lidar com a diversidade cultural. Na verdade, não precisamos ir muito longe para entender a importância desse tema.
O Brasil é um país enorme, influenciado por diferentes povos e composto por uma pluralidade cultural extremamente rica, além do enorme número de imigrantes atuando no mercado de trabalho nacional. A globalização só faz com que, finalmente, olhemos para o desafio que sempre esteve por aqui: nossa própria diversidade.
Os profissionais do sul do país têm hábitos culturais muito diferentes dos habitantes do nordeste e isso não afeta a capacidade de cada povo,mas a forma como eles interagem e respeitam as diferenças entre si muda completamente os resultados das entregas.
Estudos da Harvard Business School revelam que empresas com times diversos tiveram aumento de 77% no engajamento dos colaboradores e que onde a diversidade é reconhecida e aplicada, há uma diminuição de 50% nos conflitos dentro das organizações.
Além de aprender novos idiomas, saber lidar com a diversidade cultural é uma das habilidades do futuro e será um diferencial para quem deseja se manter atualizado. Além dos aspectos sociais, morais e econômicos, outro importante motivo para se desenvolver nesse tema é a possibilidade de se tornar mais criativo.
A interação com diferentes visões amplia o conhecimento e desenvolve um profissional cada vez mais ágil na busca por soluções e na tomada de decisões.
A Inteligência Cultural nada mais é do que a capacidade de respeitar e se adaptar às interações com pessoas de culturas diferentes e usar essas distinções a favor da construção de uma relação produtiva. Essa habilidade é composta por quatro componentes: um fator motivacional, um fator cognitivo, outro metacognitivo e, por fim, um fator comportamental.
O fator motivacional está ligado a sua vontade de conhecer e interagir com as diferenças. Como anda a sua curiosidade? Você deseja aprender coisas novas ou tem como hábito chegar em uma conclusão sobre algo e não se permitir mais mudar de ideia? Aceitar a diversidade não é apenas “tolerar” lidar com gêneros, cores, culturas ou orientações sexuais distintas, mas principalmente ter interesse e se abrir genuinamente para ideias, culturas e histórias de vida diferentes da sua.
O fator cognitivo diz respeito às normas de outra cultura. Você sabe como se comportar com pessoas de outras culturas segundo suas normas sociais? Pesquise quais são os países e regiões que mais compõem a diversidade da sua empresa e estude seus costumes, principalmente sobre como se relacionam e atuam no mercado de trabalho.
Por exemplo, os americanos tendem a ser mais objetivos nos e-mails e isso não significa que não querem se conectar a você, é apenas um costume comportamental.
O componente metacognitivo é a habilidade de consciência transcultural, que é a capacidade de “interpretação de texto”, a compreensão das ideias dos outros a partir da sua própria cultura.
Esse fator requer apenas que você pare e escute, ou leia, algo com atenção plena e saiba absorver corretamente a mensagem passada, independente se é trazida em outro idioma, formato ou com expressões populares regionais.
Para uma comunicação assertiva, também é importante que você sempre pergunte, caso não tenha entendido algo e mesmo que acredite ter compreendido, valide as informações para não haver falhas de execução no trabalho que estão fazendo juntos.
O fator comportamental fala sobre nossa capacidade de adaptação e respeito aos costumes de outra cultura, como por exemplo, não cumprimentar com um beijo no rosto os profissionais de países que não têm o contato físico como costume comportamental.
Mais uma vez é de extrema importância estudar as culturas com que você se relaciona durante a sua jornada profissional. Dessa forma, além de evitar gafes desconfortáveis, a outra ponta se sente valorizada, respeitada e há mais chances de naturalmente gerar conexão profissional entre vocês.
Bons estudos!