Mulheres no Google (Getty Images)
Rafael Kato
Publicado em 10 de setembro de 2015 às 14h02.
O Google realizou nesta semana encontro com estudantes da rede pública de ensino de São Paulo com o objetivo de incentivar um maior número de mulheres em cursos de TI, como engenharia e ciência da computação. Chamado de Mind the Gap, o evento reuniu cerca de 120 adolescentes que puderam tirar dúvidas sobre a profissão e também sobre como é trabalhar na empresa de buscas.
Elas estavam muito interessadas. Tiraram dúvidas sobre como é a faculdade e sobre o processo de seleção do Google, diz Camila Matsubara, engenheira de software que trabalha no escritório do Google em Belo Horizonte. Durante o encontro, as adolescentes participaram de um laboratório de programação básico com o auxílio do game Angry Birds.
Apesar da previsão de que os empregos na área de TI vão dobrar até 2020, segundo a Code.org, as mulheres ainda são minoria na área. 84% das matrículas em cursos ligados à computação são feitos por homens no Brasil.
A Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, viu uma piora no número de mulheres no curso de ciência da computação graduação em que Camila era uma das quatro mulheres da turma de 2006. Em 2014, apenas 14% dos alunos inscritos no vestibular para ciência da computação da FUVEST eram mulheres. Em 1997, as mulheres somavam 30%.
É por isso que iniciativas como a do Google são importantes para reverter o desequilíbrio entre os gêneros na área de software. Queremos dar um passo de cada vez, realizando mais eventos como esse e focando bastante em estudantes do ensino médio que estão na época do vestibular, diz Camila.