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Google procura estagiários de qualquer curso e de todo o Brasil

As inscrições para a 9ª edição do Programa de Estágio do Google no Brasil começam nesta segunda-feira, dia 3

Google: afinal, o que o Google procura em seus candidatos? (Google/Divulgação)

Google: afinal, o que o Google procura em seus candidatos? (Google/Divulgação)

Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 2 de setembro de 2018 às 06h00.

Última atualização em 3 de setembro de 2018 às 10h15.

São Paulo - Quer a chance de estágio na empresa mais desejada para trabalhar do mundo? Fique atento! O Google procura por universitários de todos os cursos a partir desta segunda-feira, dia 3.

Em sua 9ª edição, o programa de estágio “2019 Business Internship Program” oferece a oportunidade dos estudantes vivenciarem a experiência completa de trabalhar na empresa.

E exige apenas três pré-requisitos aos candidatos: graduação com formação prevista para dezembro de 2019, inglês e disponibilidade para trabalhar no escritório em São Paulo entre julho e dezembro de 2019.

Mas seu inglês não é fluente? Não tem problema. Você nem mora no estado de São Paulo? Também pode se inscrever.

Em entrevista exclusiva para o site EXAME, Larissa Armani, responsável pelo programa de estágio do Google na América Latina, explica que a empresa de tecnologia busca a igualdade de condições na seleção para candidatos de variadas realidades.

Assim, para dar oportunidade para a diversidade, podem se inscrever estudantes de qualquer curso, universidade e local do Brasil: mais do que diplomas, o que vale para o Google são talentos e habilidades.

“Por ser uma empresa de tecnologia e por estarmos em São Paulo, existe um estigma de que temos preferências por certos cursos. Mas valorizamos a diversidade e queremos trazer pessoas diferentes”, diz Larissa.

Até mesmo a exigência comum nos processos de seleção, o inglês fluente, foi avaliada como uma barreira para os jovens brasileiros e sua ausência não será eliminatória.

Embora seja necessário ter conhecimentos da língua para o uso no cotidiano do trabalho no Google, com em treinamentos e comunicação da empresa, houve uma flexibilização para evitar a exclusão premeditada de candidatos com potencial.

“Como a empresa é americana, não conseguimos cortar o inglês, mas acreditamos que a exposição à língua no dia a dia vá ajudar a reforçar seu aprendizado. É uma dificuldade que encontramos no Brasil e na América Latina, onde o estudo de idiomas é caro e não faz parte de toda a grade escolar. Pensando em perfis demográficos e étnicos diferentes, a barreira se torna maior”, explica.

E, para sair de São Paulo, todo o processo será feito online ou por telefone, assim estudantes de todo o país poderão participar sem ter que se deslocar. Se selecionados, o Google ajudará com os custos para a realocação.

Como a exclusão digital ainda é um desafio no Brasil, no processo também será possível combinar alternativas para as entrevista, além do uso do Google Hangouts, para acomodar a maioria de candidatos. “Serão exceções que trataremos de forma individual, como candidatos com dificuldade auditiva ou de acesso a conexão de internet. A ideia é que ninguém fique de fora”, avisa ela.

Mas, afinal, o que o Google procura em seus candidatos?

A empresa procura por pessoas interessadas em tecnologias e abertos a aprender, capazes de trabalhar em um ambiente plural e diante de cenários novos. E que estejam prontos para compreender o mundo do Google e explorar novas ideias.

A especialista em recrutamento dá a dica para os candidatos: “Esperamos muito que as pessoas possam ser 100% quem são no seu cotidiano. Não buscamos um perfil fechado, queremos entender como cada um é individualmente e porque quer trabalhar no Google, trazendo seu eu genuíno”.

Sendo um googler

“O Google é o que é hoje por conta das pessoas que trabalham e já trabalharam aqui. Gosto de fazer parte do RH e do processo de recrutamento, ajudar as pessoas a estarem aqui e ver cuidado verdadeiro que a empresa tem com as pessoas”, conta Larissa sobre o que mais gosta do seu trabalho no Google, onde está há 5 anos e meio..

No começo, ela entrou na área comercial, auxiliando pequenos anunciantes, depois pegou voluntariamente novos projetos para ajudar dentro dos Recursos Humanos e fez a transição para o outro time.

Os estagiários selecionados terão a chance de fazer uma jornada parecida com a dela. Os selecionados vão ficar nas áreas de vendas, como suporte ao consumidor direto, análise de mercado e de produto.

Nos times, eles terão oportunidades para crescer e serem efetivados no final do programa.

“Com o nosso suporte, eles terão a responsabilidade e atuação como a de outros googlers. O estagiários farão parte de projetos relevantes e terão chance de fazer parte de mudanças dentro deles. São 6 meses de experiência real”, conta.

Quando fizerem as inscrições, os candidatos devem preencher um formulário indicando a área de preferência, porém vão concorrer a todas as vagas disponíveis. Após a primeira leva de entrevistas com o RH, eles vão conversar com os líderes de times compatíveis com seus perfis.

A partir de julho de 2019, os selecionados no programa poderão usufruir de todos os benefícios da empresa. E uma bolsa auxílio que, embora o Google não divulgue o valor, Larissa garante ser muito competitiva no mercado.

As amenidades do escritório, um dos maiores destaques da companhia, também fazem parte do programa. Larissa, particularmente, adora as aulas e treinos de atividades físicas.

“Amo o fato de ter aulas aqui dentro, às vezes fica difícil de incluir na rotina. Descobri recentemente que tem aula de preparo físico para surfistas. Mostra preocupação com o bem-estar e que a empresa entende as demandas dos funcionários”, comenta.

Além de oferecer café da manhã, almoço e lanche de tarde de graça, há espaços de "micro-kitchens" com lanches e frutas e também a valorização de pausas no trabalho para recuperar as energias. Muitos optam por exercícios físicos, meditação ou apenas um cochilo.

Fique atento para a abertura das inscrições pelo link. Elas vão de 3 de setembro até 5 de outubro.

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