Carreira

Globo se pronuncia depois de embate entre Bolsonaro e Renata Vasconcellos

Emissora enviou a EXAME comunicado depois que Bolsonaro e Renata Vasconcellos se estranharam em entrevista no Jornal Nacional

Jair Bolsonaro é entrevistado no Jornal Nacional (Globo/João Cotta/Divulgação)

Jair Bolsonaro é entrevistado no Jornal Nacional (Globo/João Cotta/Divulgação)

Camila Pati

Camila Pati

Publicado em 31 de agosto de 2018 às 10h36.

Última atualização em 20 de janeiro de 2020 às 12h00.

São Paulo – Na terça-feira, 28, o clima entre o candidato à Presidência pelo Partido Social Liberal (PSL), Jair Bolsonaro, e a jornalista Renata Vasconcellos ficou tenso durante a entrevista no Jornal Nacional.

Sobre o tema da desigualdade salarial entre homens e mulheres, o candidato minimizou a questão e disse à Renata que ela “com toda certeza” ganharia menos do que Bonner:

“Não sei ao certo, mas com toda certeza há uma diferença salarial aqui, parece que é muito maior para ele que para a senhora”.

No entanto, Vasconcellos é editora-executiva e Bonner é editor-chefe, cargos hierarquicamente diferentes. Embora dividam a bancada do JN.

A jornalista retrucou:

“Eu poderia até como cidadã e como qualquer cidadão brasileiro fazer questionamentos sobre seus proventos porque o senhor é um funcionário público há 27 anos e eu como contribuinte ajudo a pagar o seu salário. O meu salário não diz respeito a ninguém e eu posso garantir ao senhor, como mulher, que eu jamais aceitaria receber um salário menor de um homem que exercesse as mesmas funções e atribuições que eu”.

Questionada por EXAME, a emissora declarou que não comenta suas políticas internas salariais mas que elas estão de acordo com a CLT que determina isonomia nas relações de trabalho

Confira o comunicado oficial enviado à redação pela TV Globo:

“A Globo está em linha com as melhores práticas de remuneração e valorização dos talentos do mercado. Não comentamos políticas internas, mas podemos afirmar que zelamos pelo cumprimento integral da CLT, que assegura o princípio da isonomia nas relações de trabalho. Além disso, recordamos que lançamos, há dois anos, a plataforma ‘Tudo começa pelo Respeito’, em parceria com UNESCO, UNICEF, UNAIDS e ONU MULHERES, que atua na mobilização da sociedade para o fortalecimento de uma cultura que não apenas tolere, mas respeite e discuta amplamente os direitos de públicos vulneráveis à discriminação e ao preconceito, reduzindo as desigualdades sociais.”

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesGloboJair BolsonaroSalários

Mais de Carreira

10 habilidades que um bom líder deve ter para avançar na carreira

5 conselhos de Charlie Munger para quem quer trabalhar no mercado financeiro

Como o CEO da Nvidia usa a técnica de 'primeiros princípios' para tomar decisões

Quer fazer um intercâmbio ou trabalhar em outro país? Veja as feiras deste ano