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Da Redação
Publicado em 13 de dezembro de 2022 às 09h00.
Última atualização em 19 de dezembro de 2022 às 13h04.
Com a possibilidade de trabalhar em, praticamente, qualquer área (desde saúde, até advocacia, finanças e bens de consumo), essa “nova” profissão une os 3 aspectos mais desejados por um profissional na busca por uma nova carreira: salários acima da média, vagas abertas em todas as empresas e um trabalho com propósito.
Sonho distante? Não mesmo. Esse cenário já é realidade para aqueles profissionais que se especializaram nas 3 letrinhas que não saem da boca dos CEOs, têm se tornado prioridade de investimento para 95% das empresas e que também prometem ser a maior tendência para o futuro dos negócios: E-S-G.
Nos últimos anos, o capitalismo tradicional - que visava o lucro a qualquer custo - deu espaço para um novo modelo de negócio que tem sido o norteador das maiores empresas do mundo: o capitalismo de stakeholder (em que as companhias buscam gerar valor para todas as partes da sociedade).
Na prática, a sigla ESG, em inglês, é utilizada para representar um conjunto de medidas adotadas pelas empresas em prol de um desenvolvimento com menos impactos negativos para o meio ambiente, mais positivo para a sociedade e que ajude a tornar a governança corporativa mais responsável e transparente com relação a sua tomada de decisões.
Fundamentada nestes 3 pilares, a sigla busca garantir que o desenvolvimento de uma empresa não seja acompanhado, por exemplo, por trabalho irregular, discriminação social, poluição do meio ambiente, destruição de ecossistemas, fraudes fiscais; mas sim por diversidade, responsabilidade social, gestão de resíduos e impacto positivo na sociedade.
Apesar de ter sido cunhado há quase 20 anos, o termo ganhou notoriedade nos últimos anos devido aos fatores ambientais, como as crises climáticas e o aumento de catástrofes ambientais, e também ao fatores econômicos, como a preferência de clientes e investidores por empresas responsáveis social e ambientalmente.
Não é à toa que o setor de ESG, que era antes dominado por organizações governamentais, hoje já conta com a forte atuação do setor privado, através de nomes como Ambev, VALE e Apple, e foi avaliado em US$ 30 trilhões, segundo a Bloomberg Intelligence - com previsão de chegar à casa dos US$ 53 trilhões até 2025.
E esse novo modelo de negócios não tem impactado positivamente apenas a comunidade e o meio ambiente, mas também o mercado de trabalho. Com a urgência para promover mudanças e adotar “práticas ESG”, a demanda por profissionais especialistas no assunto tem esquentado em quase todos os setores, e a dificuldade para preencher as vagas tem jogado os salários para as alturas.
Do varejo ao mercado financeiro, o Gestor, ou especialista, de ESG é o responsável pela gestão da estratégia de sustentabilidade corporativa, avaliação de riscos e oportunidades e suporte à comunicação entre todos os stakeholders (partes impactadas pela atividade de uma empresa).
Segundo a Head de ESG da Exame, Renata Faber “Essa ‘habilidade do futuro’ abre portas para cargos de confiança e salários mais altos sem abrir mão de um trabalho com propósito. É uma chance de se sentir feliz trabalhando e ainda ser muito bem remunerado por isso. Quem se especializa, dificilmente fica sem emprego.”
Sem fazer distinção de idade ou de carreira prévia, as empresas que contratam gestores de ESG buscam, principalmente, profissionais que:
Esse caminho é possível de ser trilhado por qualquer pessoa, independente da área de formação. Aliás, qualquer pessoa sem formação prévia na área é capaz de, dentro de grandes companhias, ascender rapidamente na carreira de profissional de ESG.
Quando falamos de oportunidade, as empresas que mais investem em ESG tendem a proporcionar as melhores oportunidades de carreira. No Brasil, empresas como Natura, Unilever, Ypê, Boticário, Petrobras, Nestlé, Banco do Brasil e P&G são algumas das opções. No entanto, é possível encontrar oportunidades em multinacionais, instituições financeiras internacionais e órgãos governamentais também.
De acordo com dados do portal de vagas e salários, Glassdoor, a média salarial de um Gerente de Sustentabilidade, o equivalente a um Gestor ESG, é de R$19.212 ao mês se considerarmos todo o território brasileiro.
No entanto, em cargos de maior senioridade, as remunerações podem passar dos R$30 mil mensais e chegar a casa dos R$100 mil. Já no início da carreira, atuando em empresas menores como Especialista ESG, o profissional pode esperar ganhar de R$7 mil a R$10 mil mensais.
Vale lembrar também que, por ter uma alta demanda de profissionais, mas uma baixa oferta, é possível que o profissional contratado ascenda rapidamente na carreira e passe a ocupar cargos de gestão com mais rapidez do que em outros setores.
Apesar de “experiência prévia em ESG” não estar entre as exigências começar a trabalhar no setor, ensino superior e especialização na área costumam aparecer entre os pré-requisitos definidos pelas empresas contratantes.
Isso significa que, desde que estejam dispostos a se aprofundar no assunto, profissionais de diferentes áreas de formação podem encontrar no ESG uma oportunidade de mudar de carreira, alcançar cargos e salários promissores e, de quebra, trabalhar com mais propósito.
Entre as especializações disponíveis, as mais genéricas contemplam cursos livres, séries de aulas gratuitas e materiais digitais, como e-books (ótimas opções para aquele profissional que ainda está descobrindo o mercado), e as mais completas contemplam MBAs, mentorias e especializações em nível de pós-graduação (ideais para o profissional que está pronto para mudar de carreira e investir em ESG).
Pensando em ajudar quem quer se preparar para esta oportunidade, a EXAME preparou a série gratuita Carreira em ESG, com a especialista no assunto e diretora de ESG da EXAME, Renata Faber, que já acumula anos de experiência no setor.
Transmitido de maneira virtual, o treinamento será composto de quatro encontros, que acontecerão entre os dias 9 e 17 de janeiro de 2023. Ao final das aulas, todos os participantes receberão um certificado de participação para incluir no currículo.
Dentre os temas abordados ao longo da série, estão a definição aprofundada do que é ESG, reflexões sobre como o tema impacta o mercado e a economia e, claro, os caminhos para construir uma carreira promissora na área “Vou mostrar como é possível conquistar um trabalho com propósito real aliado a salários mais altos e mostrar o mapa para construir uma carreira em ESG”, promete Renata.