(Morisa Images/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 15 de dezembro de 2022 às 09h00.
Última atualização em 19 de dezembro de 2022 às 13h03.
Coordenar programas e projetos de sustentabilidade, no âmbito social, ambiental e econômico, administrar orçamentos, estabelecer parcerias, planejar estratégias na captação de recursos e monitorar investimentos. Dentro de uma empresa, todas essas missões são responsabilidade de um profissional específico que, apesar de novo no mercado, tem sido a diferença entre o sucesso e o fracasso das companhias.
Há alguns anos, sustentabilidade e responsabilidade social eram temas exclusivos de ativistas, ONGs e órgãos governamentais. Hoje, empresas do setor privado, como Natura, Unilever, Apple, Coca Cola, Nestlé, Banco do Brasil e VALE destinam bilhões de reais para encabeçar projetos sociais, reorganizar sua governança corporativa e tornar suas operações cada vez mais sustentáveis.
O que mudou?
Mudanças climáticas, desastres ambientais e violações dos direitos humanos fizeram soar um alerta na cabeça de CEOs e governantes: cada vez mais, clientes, investidores e até funcionários passaram a optar por empresas que, para além do lucro, se importam também em causar um impacto positivo na sociedade e no meio ambiente.
Não é à toa que, segundo pesquisa realizada pela consultoria Walk The Talk, 20% dos brasileiros entrevistados disseram já boicotar marcas que não são responsáveis, e 94% acreditam que as empresas possam ser agentes de mudança nesse quesito.
Com a urgência de tornar suas operações mais responsáveis e diminuir os riscos, empresas de todos os setores do mercado iniciaram uma verdadeira corrida em busca de profissionais capazes de analisar, estruturar e colocar em prática ações de sustentabilidade. E a escassez tem esquentado o mercado de trabalho: hoje, os salários oferecidos já são 60% superiores à média de salários do mesmo nível corporativo em outras equipes.
Ao responsável por planejar, coordenar e executar projetos de sustentabilidade e impacto positivo dentro das empresas damos o nome de: Gerente de Sustentabilidade - ou Gestor ESG.
Para ingressar no setor de sustentabilidade não é necessário ter nenhuma forma prévia específica. Economia, engenharia, direito, administração e psicologia são exemplos de áreas de atuação que podem trilhar carreiras brilhantes no setor de sustentabilidade.
Entre as atividades de rotina do Gerente de Sustentabilidade, destacam-se:
De acordo com dados do portal Glassdoor, no setor de sustentabilidade os salários iniciais giram em torno de R$10 a R$12 mil mensais, podendo chegar a R$28.333,00 - a depender da empresa e da senioridade do profissional. A média salarial para Gerente de Sustentabilidade é de R$ 18.891,00 ao mês.
Para se ter uma ideia do aumento expressivo de salários para esse cargo, a média salarial de um Diretor que, hierarquicamente, está acima do gerente, na mesma área de busca, é de R$20.150 ao mês - apenas R$1.259 acima do cargo de Gerente de Sustentabilidade.
Quando analisamos outras oportunidades de gerência, a área de sustentabilidade também se destaca, ficando R$6.891 acima de Gerente de Projetos e Gerente de Operações, R$4.141 acima de Gerente de Marketing e R$3.891 acima de Gerente de Produtos.
Apesar de 94% dos brasileiros acharem que as empresas podem ser agentes de mudança, o mercado de sustentabilidade (também conhecido por mercado ESG) ainda engatinha.
“Nosso país ainda dá os primeiros passos em ESG. Existem empresas mais engajadas que outras, muitas companhias ainda não conseguiram desenvolver, de fato, essas práticas ou fazem apenas o que é necessário e higiênico. O ESG ainda precisa amadurecer e a pressão do brasileiro é uma das peças-chave para isso”, explica Juliana Salomão, fundadora da consultoria Walk The Talk.
Antes de mais nada, você precisa entender profundamente o que é ESG, como as empresas podem aplicá-lo e por que ele se tornou essencial para a prosperidade de um negócio.
Vale lembrar que, para o cargo de Especialista em ESG, idade não é um empecilho. “Muita gente que tem mais de 50, 60 ou até 70 anos me questiona: Renata, ainda dá tempo de construir uma carreira em ESG na minha idade? E eu sou categórica: não há limite para idade nessa área.”, explica Renata Faber, Diretora de ESG da EXAME.
A especialista também explica que o primeiro passo é dominar os 4 conceitos fundamentais da sigla, que serão testados por recrutadores na hora de uma entrevista de emprego: materialidade, inovação, gestão de stakeholders e conhecimento aprofundado em ESG.
Percebendo o oceano de oportunidades que este setor pode proporcionar aos brasileiros que estão insatisfeitos com seus trabalhos atuais, a EXAME, juntamente com a especialista em ESG, Renata Faber, decidiu ajudar profissionais que desejam mudar de carreira e ingressar no mercado ESG.
Dentre as iniciativas promovidas pela parceira, está a Série Carreira em ESG. Virtual e totalmente gratuita, a série ocorrerá entre os dias 9 e 17 de janeiro e promete revelar “o caminho das pedras” para quem sonha em alcançar cargos e salários mais altos com a promissora área do ESG.
Veja, abaixo, alguns dos tópicos que serão abordados durante a série:
Para participar gratuitamente da série gratuita, os interessados devem fazer a sua inscrição clicando aqui, ou no botão abaixo.