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Funcionários nota B carregam empresas nas costas, diz HBR

Por mais importantes que sejam as estrelas do mundo corporativo, o que garante o bom desempenho da empresa no longo prazo são as contribuições e o compromisso dos funcionários nota B, dizem Thomas J. DeLong, professor de comportamento organizacional da Harvard Business School, e Vineeta Vijayaraghavan, consultora da Katzenbach Partners, especializada em estratégia corporativa. "Em […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h30.

Por mais importantes que sejam as estrelas do mundo corporativo, o que garante o bom desempenho da empresa no longo prazo são as contribuições e o compromisso dos funcionários nota B, dizem Thomas J. DeLong, professor de comportamento organizacional da Harvard Business School, e Vineeta Vijayaraghavan, consultora da Katzenbach Partners, especializada em estratégia corporativa. "Em conjunto, temos 20 anos de consultoria, pesquisa e ensino, concluímos que os funcionários nota B fornecem a estabilidade, o conhecimento e a visão de longo prazo de que as empresas precisam para sobreviver", dizem eles, num artigo escrito para a Harvard Business Review.

Não é que as estrelas sejam dispensáveis. Longe disso. Mas sua própria natureza é a volatilidade: idéias brilhantes, com grandes riscos. Os funcionários B, ao contrário, prezam a estabilidade, acumulam conhecimento sobre a história e a cultura da empresa (porque tendem a ficar mais tempo na companhia, enquanto as estrelas costumam partir para novos desafios) e são mais interessados no sucesso do grupo.

Também não se deve confundir os B com funcionários nota C. Eles não são incompetentes como os C, muito ao contrário. "Dezenas de estudos psicológicos confirmam que a diferença entre funcionários A e B é mais de temperamento do que de inteligência", dizem DeLong e Vijayaraghavan.

Os melhores funcionários B são:

  • Os ex-A: são profissionais altamente qualificados, que em algum momento decidem que não querem se sacrificar em demasia pela carreira. Eles continuam a fazer trabalho de primeira -- mas em seus próprios termos.
  • Os sinceros: são aqueles que não jogam o jogo político. Tipicamente mais interessados no trabalho do que em suas carreiras, são eles que fazem as perguntas mais profundas e desafiadoras. Os colegas, reconhecendo sua pouca ambição, valorizam sua opinião.
  • Os relacionais: compensam um trabalho menos brilhante com seu conhecimento dos processos e normas da companhia. São os facilitadores para qualquer projeto que requeira sabedoria política.

    Como cuidar dos funcionários B? Segundo os dois autores do artigo, são quatro tópicos:

    1) aceitar diferenças - em geral, líderes são A, e tendem a se decepcionar com funcionários que simplesmente não estão dispostos a trabalhar 15 horas por dia para subir na carreira. Pergunte quais são suas reais aspirações e tente satisfazê-las.

    2) dê tempo - normalmente, líderes gastam mais tempo com as estrelas, que demandam mais atenção. Faça isso, mas não ignore os demais.

    3) premie - mesmo não os promovendo, você pode recompensá-los de outras formas.

    4) dê escolhas - se não pode levá-los hierarquia acima, dá para estimulá-los com caminhos alternativos de carreira.

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