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"Fazemos da diversidade uma riqueza do negócio", diz presidente do Sabin

Laboratório de medicina diagnóstica foi destaque no 2º Guia EXAME de Diversidade pela inclusão de mulheres, LGBTI+, negros e pessoas com deficiência

Caio Magri, diretor-presidente do Instituto Ethos, Lídia Abdalla, presidente do laboratório de medicina diagnóstica Sabin, e Daniel Silveira, presidente da Avon, falam sobre inclusão e diversidade na prática (Divulgação/Exame)

Caio Magri, diretor-presidente do Instituto Ethos, Lídia Abdalla, presidente do laboratório de medicina diagnóstica Sabin, e Daniel Silveira, presidente da Avon, falam sobre inclusão e diversidade na prática (Divulgação/Exame)

Caio Magri (Ethos), Lídia Abdalla (Sabin) e Daniel Silveira (Avon)

Caio Magri, diretor-presidente do Instituto Ethos, Lídia Abdalla, presidente do laboratório de medicina diagnóstica Sabin, e Daniel Silveira, presidente da Avon, falam sobre inclusão e diversidade na prática (Divulgação/Exame)

Apesar de ter um longo caminho para avançar, a percepção da importância da diversidade e inclusão nas empresas tem evoluído — pelo menos nas grandes organizações. "Já vivemos em um país diverso, o que precisamos promover é a inclusão", diz Lídia Abdalla, presidente do laboratório de medicina diagnóstica Sabin. "Respeitamos cada profissional e fazemos disso uma riqueza para a estratégia do negócio." A empresa foi o destaque do ano na segunda edição do Guia EXAME de Diversidade, publicado na última semana em parceria com o Instituto Ethos.

A executiva participou do exame.talks nesta quarta-feira, 10, em conversa sobre o tema com Caio Magri, diretor-presidente do Instituto Ethos, e Daniel Silveria, presidente da Avon. O bate-papo foi mediado por Marina Filippe e Gabriela Ruic, jornalistas da EXAME.

Magri destacou a evolução das companhias em relação à diversidade. "É um momento de repercutir e reconhecer os esforços das empresas destacadas, e é importante que isso gere incidência sobre a melhoria de políticas públicas capazes de promover a inclusão social no Brasil de maneira mais efetiva."

Metas e indicadores

O caminho para promover a diversidade e a inclusão passa por um acompanhamento constante das ações corporativas, com o estabelecimento de metas e a análise de indicadores. "Os dados não são simplesmente uma ferramenta de gestão, mas levam a uma mudança no comportamento e na cultura da empresa", disse Silveira. "As análises permitem que questionemos a realidade da organização, entendendo as causas-raízes e agindo na prática."

Para Magri, a metrificação das ações de diversidade pode levar a políticas importantes, como o fato de algumas empresas condicionarem a remuneração variável de executivos aos avanços na inclusão social. "Isso leva a empresa a uma capacidade de sustentabilidade muito maior", afirmou.

Diversidade é um tema de todos

Diferente de outras áreas, a diversidade é um tema que diz respeito a todos os funcionários envolvidos em uma organização, independentemente de setores ou níveis hierárquicos. Segundo Abdalla, a inclusão é assunto recorrente nas ações de comunicação interna, o que inclui treinamentos, orientações e divulgação de decisões. "A alta liderança deve ter a capacidade de ouvir", disse. "Temos diferentes canais de escuta destinados aos funcionários, além de uma política de portas abertas na qual há liberdade para conversar com os líderes."

Somente com todos os funcionários envolvidos no processo será possível evoluir para o tema da diversidade de pessoas com deficiência, étnico-racial, LGBTI+, gerações e outros também nos cargos de liderança com diferentes representantes. Os participantes da conversa entendem, porém, que o processo de evolução nas companhias brasileiras está em etapa inicial.

O engajamento dos empregados pode ir além da promoção da diversidade internamente. Na Avon, a questão é vista como uma estratégia para os negócios. "A interação com múltiplas vozes propicia a inovação. Temos mais de 1 milhão de revendedoras que se conectam com pessoas em todo o país: é uma rede que nos faz perceber oportunidades para desenvolver produtos que atendam a necessidades específicas", diz Silveira.

Veja a conversa na íntegra:

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