Redatora
Publicado em 25 de novembro de 2025 às 14h53.
Ambientes colaborativos e de alta performance dependem de confiança mútua. Mas uma prática silenciosa tem corroído essa base em muitas empresas, o “fail watching”, ou a observação ativa dos erros de colegas, como se fossem episódios de entretenimento.
A tendência, inspirada em vídeos virais de fracassos, vem se tornando comum em times sob alta pressão, especialmente entre profissionais mais jovens e pode ser devastadora para o desempenho coletivo.
O alerta é de Peter Duris, CEO da Kickresume, que estuda relações profissionais e alerta que esse comportamento é um sintoma direto da falta de segurança psicológica no ambiente corporativo. As informações foram retiradas de Inc.
A prática consiste em observar colegas esperando que falhem e, em muitos casos, sentir uma satisfação silenciosa quando isso acontece. Segundo Duris, o “fail watching” transforma o ambiente de trabalho em um espaço de competição velada, desconfiança e desunião. “É um sintoma claro de que há falta de apoio entre os membros da equipe”, afirma.
Esse comportamento reforça um ciclo negativo em que profissionais deixam de assumir riscos, evitam pedir ajuda e se retraem, o que, por consequência, reduz a capacidade de inovar e executar com eficiência.
Não se trata apenas de um incômodo moral ou ético. O “fail watching” corrói a base da execução de alta performance: a colaboração confiável entre pares. Profissionais que se sentem observados ou julgados têm mais dificuldade em contribuir, inovar e assumir protagonismo.
A consequência é um time menos engajado, menos produtivo, e mais propenso ao erro.
Segundo Duris, quando a cultura da empresa permite esse comportamento, o “fail watching” evolui para fofocas, julgamentos constantes e, em casos extremos, bullying profissional.
O primeiro passo é criar espaços seguros para conversas honestas. Diálogo aberto e escuta ativa são fundamentais para evitar o acúmulo de tensões.
Também é importante incentivar treinamentos, promover feedbacks construtivos e reforçar valores de empatia e respeito.
Se a prática já estiver instalada, líderes devem agir com firmeza, interrompendo fofocas e deixando claro que a cultura da empresa não tolera comportamento desagregador.
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