Carreira

Evite 4 clichês ao planejar sua carreira, segundo um ex-executivo do Google

Alan Stein, ex-funcionário de empresas como Google e Meta, alerta sobre práticas comuns de carreira que podem prejudicar sua busca por um emprego

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 7 de dezembro de 2024 às 10h55.

Após 25 anos em empresas como Google, Meta, Salesforce e American Express, Alan Stein hoje lidera a Kadima Careers, uma empresa dedicada a acelerar carreiras.

Stein compartilha sua experiência com o Business Insider para ajudar profissionais a conquistar posições em empresas de alto nível de forma mais eficiente e rentável.

Com centenas de clientes atendidos, Stein identificou erros comuns baseados em clichês de carreira. Ele alerta que muitos conselhos amplamente aceitos podem não trazer os resultados esperados e sugere abordagens mais eficazes para se destacar no mercado de trabalho.

Publicar com frequência no LinkedIn não garante oportunidades

Embora manter um perfil atualizado no LinkedIn seja importante para atrair recrutadores, Stein alerta que publicar ou comentar com frequência na plataforma não é suficiente para conquistar um emprego.

Ele enfatiza que o impacto dessas postagens depende de serem vistas pelas pessoas certas, o que é difícil de controlar.

Em vez de investir tempo em conteúdos, Stein recomenda abordar diretamente os contatos que possam influenciar sua contratação. Segundo ele, antes de marcar uma reunião, a pessoa provavelmente verificará seu perfil, então é fundamental garantir que ele comunique claramente suas experiências e habilidades relevantes para a vaga desejada.

Não descarte oportunidades com base no salário listado

Stein sugere evitar discussões sobre remuneração até receber uma oferta formal. Ele explica que muitos empregadores são flexíveis com os valores e que o momento de maior poder de negociação é após a oferta.

Além disso, participar de entrevistas oferece prática valiosa e pode abrir outras oportunidades.

No entanto, ele menciona exceções. Se o salário listado está muito abaixo do esperado, se há tarefas pré-entrevista que demandam tempo ou se o candidato precisa priorizar entrevistas devido à agenda cheia, considerar a remuneração antecipadamente pode ser válido.

Pesquisa excessiva sobre a empresa pode ser desperdício de tempo

Embora conhecer os valores e produtos da empresa seja essencial, Stein acredita que gastar muito tempo pesquisando pode ser contraproducente.

Ele sugere que o candidato se concentre em entender o papel e as pessoas envolvidas no processo de seleção, em vez de elaborar projetos ou apresentações não solicitadas.

A abordagem direta com tomadores de decisão é mais eficaz do que demonstrar conhecimento aprofundado não requisitado. Segundo Stein, a maioria das entrevistas não foca na empresa em si, mas no alinhamento do candidato com a posição e os desafios propostos.

Personalizar currículos para cada vaga não é necessário

Stein desmistifica a ideia de criar múltiplos currículos para diferentes vagas. Ele afirma que, em geral, um único currículo bem estruturado, que destaque impactos e resultados, é suficiente. Exceções incluem casos em que o candidato busca papéis muito diferentes, como cargos técnicos e gerenciais, ou em áreas distintas de atuação.

Para Stein, o currículo é apenas uma etapa inicial do processo de seleção. Ele defende que o foco principal deve estar em conquistar recomendações internas, que têm maior probabilidade de levar seu currículo ao gestor responsável pela contratação.

Em vez de confiar em métodos genéricos, Stein recomenda que profissionais invistam em conexões estratégicas e abordagens personalizadas com pessoas influentes no processo de contratação. Para ele, essas práticas são mais eficazes para acelerar carreiras em empresas de destaque.

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