Sede da GlaxoSmithKline (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2013 às 10h00.
Rio de Janeiro (RJ) - Os jovens da GlaxoSmithKline (GSK), farmacêutica britânica, sabem que o trabalho deles impacta em vidas. Produzir vacinas, remédios e outras soluções de saúde fazem os funcionários sentirem que “mudar o mundo é possível”. “Podemos acabar com as doenças”, diz um deles.
A fórmula da GSK é simples: fazer o empregado ser tão importante quanto um cliente. A qualidade de vida e os líderes bem preparados são destaques dessa empresa, mas é o comprometimento com os valores e com o código de conduta o ponto mais valorizado pelas pessoas.
“Não estamos dispostos a dar resultados a qualquer custo”, diz um deles. “A maior preocupação da companhia é a ética. Abrimos mão de um lucro maior por ela”, afirma uma jovem.
Isso ficou claro quando, em julho de 2012, a GSK concordou em pagar, nos Estados Unidos, o valor de 3 bilhões de dólares em indenizações por acusações envolvendo irregularidades na rotulação de um antidepressivo e também por não ter deixado destacado na embalagem de outro remédio possíveis riscos de ataque cardíaco.
Quando os jovens da sede brasileira, no Rio de Janeiro, são indagados sobre como se sentem em relação ao processo, eles são enfáticos: “Se erramos no passado, precisamos pagar”. Uma desvantagem dessa farmacêutica é a burocracia — que faz os processos ficarem mais lentos.
Mas isso não impede que os funcionários sintam autonomia para realizar suas tarefas. “Os gestores não mandam a gente fazer as coisas, eles dão desafios e nos ajudam a resolvê-los”, diz um jovem que entrou na companhia como estagiário — 28% deles são efetivados por ano.
A GSK acredita que 70% do aprendizado vem do dia a dia, 20% das interações e 10% de cursos. “Eles não garantem a promoção, mas garantem o aprendizado”, diz um profissional. “Nas outras empresas, minha preocupação era mudar de emprego. Agora, é me qualificar”, diz outro.
Ponto(s) positivo(s) | Ponto(s) negativo(s) |
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Mesmo sem a possibilidade de trabalhar de casa, os jovens dizem que o equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho é bom. Elogiam a possibilidade de expatriação, a transparência e a hierarquia aberta. | Alguns jovens reclamam da demora no crescimento e na falta de integração entre as áreas da empresa, que não interagem como deveriam, o que dificulta o relacionamento e as possíveis transferências. |