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Você tem o “borogodó” no trabalho? Estudo brasileiro define o que faz um funcionário criativo

Empresa por trás de pesquisa inédita quer que palavra vire sinônimo de funcionário criativo

O que é borogodó? Estudo brasileiro tenta definir termo no trabalho (Getty Images/Getty Images)

O que é borogodó? Estudo brasileiro tenta definir termo no trabalho (Getty Images/Getty Images)

Laura Pancini
Laura Pancini

Repórter

Publicado em 30 de janeiro de 2024 às 07h00.

Criatividade e engenhosidade únicas do povo brasileiro. É assim que a aceleradora Transcriativa define o borogodó. A empresa descreve o termo como “a maneira que o brasileiro sempre encontra para solucionar um problema de um jeito nunca pensado antes” – e tentou encontrar isso entre 1.200 brasileiros em uma pesquisa inédita.

“Enxergamos muito valor em nossa potência, por isso, com a pesquisa, queríamos avaliar se as pessoas têm noção dessa realidade, que chega a ser um diferencial competitivo no mercado de trabalho”, afirma Natália Montibeller, co-fundadora da Transcriativa. Segundo levantamento do Fórum Econômico Mundial, o pensamento criativo está entre as dez principais habilidades que devem ser desenvolvidas até 2027.

Um estudo realizado pela consultoria McKinsey também mostrou que, até 2030, a demanda por profissionais criativos aumentará em até 40% na Europa e nos Estados Unidos. Mas, neste estudo feito no Brasil, somente 37% dos respondentes afirmaram ser criativos. As mulheres se destacam: 39% delas se consideram com a característica, em relação a 34% dos homens. 

A aceleradora com foco na criatividade oferece cursos, experiências imersivas e ferramentas para empresas parceiras como Disney, Cielo, Gol, Latam, Duo Studio, Meta e Microsoft. O levantamento foi aplicado pela Toluna Metrics Lab, com o propósito de avaliar o potencial criativo das pessoas e compreender de que forma elas interpretam o termo.

O que define o borogodó?

As respostas mais indicadas pelos respondentes da pesquisa para a definição do ‘borogodó’ englobam atrativo pessoal, charme, gingado e jogo de cintura, mas, dentre elas, também aparecem termos como forró, felicidade e malícia. “Isso mostra que o público compreende a expressão de formas distintas e não sabe do que se trata”, pontua Montibeller.

Um dado que corrobora essa afirmação é o fato de que 27% dos participantes afirmaram que não possuem o tal do borogodó - os homens representam a maior parcela (34%) em comparação às mulheres (22%). Além disso, 36% de todos respondentes disseram que não sabem se possuem a característica - nesse aspecto, as mulheres são 39% em comparação a 32% dos homens.

Esses resultados podem ter relação com o conhecimento da expressão, explica Natália. “O desconhecimento da palavra pode ser um fator para a escolha das respostas. Por isso, temos a missão de educar o brasileiro com relação a esse termo. Nosso propósito é que eles compreendam borogodó como sinônimo de criatividade”, pontua.

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