Um dos maiores investimentos para a escrita admirável está no estudo sobre Regência:

É o modo pelo qual um termo comanda outro;

É a relação entre um termo regente (por exemplo: o verbo) e outro termo que o complementa (por exemplo: o objeto), estabelecida por meio de uma preposição.

Vamos à prática:

"Houve desobediência ao ato normativo." - o termo regente é o substantivo "desobediência", exigente da preposição a.

"Eles desobedeciam ao ato normativo." - o termo regente, agora, é o verbo "desobedeciam", exigente também da preposição a.

1. PRATIQUE NA FALA FORMAL

Tomando consciência do enorme poder regencial, você terá plena noção de preposição, regência e pronome relativo, por exemplo. Em:

"Os fatos que todos antes desobedeciam." - frase inadequada;

Observando o regente "desobedeciam", a necessidade da preposição A, a frase correta é:

"Os fatos A que todos antes desobedeciam."

Como os relativos "que" e "o(s) qual(s)" equivalem-se, é também possível:

"Os fatos Aos quais todos antes desobedeciam."

Três passos garantem a prática diária da regência na fala e na escrita, com o objetivo também do bom uso quanto aos pronomes relativos:

1º Identificar verbo ou nome principais;
2º Conhecer a possível preposição exigida pelo verbo ou pelo nome;
3º Inserir essa possível preposição antes do pronome relativo.

Mais uma sentença:

"A verba que a empresa necessita." - frase inadequada;
"A verba de que a empresa necessita." - frase adequada, uma vez que o verbo "necessitar" é transitivo indireto e exige a preposição "de".

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DIOGO ARRAIS
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Autor Gramatical pela Editora Saraiva
Professor de Língua Portuguesa