Objetivo de carreira (sorbetto/Getty Images)
Luísa Granato
Publicado em 10 de agosto de 2021 às 07h00.
Última atualização em 10 de agosto de 2021 às 10h30.
O que mais importa para um recrutador: experiência ou indicação? Enquanto muitos acreditam no poder do QI (o “quem indica”), o estudo "Match Perfeito – o que buscam profissionais e recrutadores” da consultoria Robert Half com Fundação Dom Cabral (FDC) prova o contrário.
Na pesquisa com 351 profissionais empregados, 349 profissionais desempregados e 714 recrutadores, a indicação por pessoas da empresa ficou em sétimo lugar no ranking de fatores que mais influenciam na hora de preencher uma vaga.
Em primeiro lugar, 88% dos recrutadores afirmaram que a experiência prévia é o fator principal na hora de escolher um candidato.
A aderência a cultura da empresa fica em segundo, com 62%. E logo depois vem a formação acadêmica, com 36% das respostas.
Mário Custódio, diretor associado da Robert Half destaca que a cultura organizacional é um fator muito avaliado na entrevista. Mas não da forma como a maioria das pessoas imagina.
“No lado do candidato, é muito relevante que ele entenda de fato qual o projeto e desafio da empresa. Alguém vai passar mais informações ao longo do processo, mas o candidato deve estar preparado para fazer as perguntas certas”, afirma ele.
Entrevistar de volta o recrutador é uma indicação de que o candidato fez sua pesquisa e tem interesse genuíno pela posição. Com esse preparo, o diretor explica que profissional é mais capaz de fazer as conexões entre suas realizações, a cultura da empresa e os desafios da cadeira que quer ocupar.
“A melhor forma de fazer isso é trazendo exemplos práticos daquilo que pode agregar mais valor para a empresa”, diz.
Ao entender as prioridades dos recrutadores, os profissionais podem se preparar para apresentar a sua trajetória com maior sucesso durante do processo.
Para Paul Ferreira, diretor do Centro de Liderança da FDC, muitos candidatos não entendem o motivo para não serem contratados para uma vaga correspondente ao seu nível de experiência. Mas é comum que a falha não esteja no currículo, mas na forma como a pessoa apresenta suas conquistas.
“Não se pode mudar a experiência profissional passada, mas a maneira como se fala da experiência pode influenciar a performance na entrevista”, afirma.
Não existe fórmula mágica e a avaliação do recrutador depende de cada vagas, porém Ferreira indica alguns exemplos do que deveria ser destacado na hora de falar sobre experiências profissionais:
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