Erro: professor cita dois casos de erros de concordância (Image Source/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 12 de março de 2019 às 13h27.
Última atualização em 13 de março de 2019 às 10h32.
Nesta semana, separei dois interessantes casos sobre Concordância:
São frequentes os desvios quando "bastar" está anteposto ao sujeito. Vejamos abaixo:
"Basta dois dias de folga para que eu descanse."
"Bastava novos investimentos na empresa."
As expressões plurais "dois dias de folga" e "novos investimentos" são sujeitos plurais. Logo, a exigência do verbo no plural: BASTAM e BASTAVAM.
Apesar disso, a expressão "bastar de" (com a ideia de ser suficiente) é impessoal; tem o valor de "chegar de". Sendo assim, o verbo no singular é o adequado à norma gramatical.
Com o intuito de maior compreensão, não há um sujeito a ser referido, caso conhecido como sujeito inexistente:
"Chega de histórias! Basta de tantas promessas!"
2. A Palavra SÓ:
O termo "só" pode modificar o substantivo ou o pronome substantivo. Nesse caso, a concordância será obrigatória (o termo deverá sofrer variação sempre que houver exigência):
"Aqueles dois deputados chegaram sós à Câmara."
"Eu e ele sós pouco podemos fazer."
É também possível que "só" modifique o verbo, tendo a classificação adverbial. Nesse caso, o termo é invariável (característica dessa classe gramatical):
"Só aqueles dois deputados chegaram à Câmara."
"Só eu e ele podemos resolver o problema."
Em suma, nos dois últimos exemplos adverbiais, "só" equivale a "somente", "apenas". Vejamos:
"Apenas aqueles dois deputados chegaram à Câmara."
"Somente eu e ele podemos resolver o problema."
Mais um exemplo em que o termo não deve sofrer variação, pelos mesmos critérios adverbiais, circunstanciais:
"Não escrevemos só (apenas, somente) poesia, mas também crônicas."
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DIOGO ARRAIS
YouTube: MesmaLíngua
Autor Gramatical pela Editora Saraiva
Professor de Língua Portuguesa