Carreira

Por que este engenheiro químico se deu (muito) bem no Itaú

Ex-trainee fala sobre o programa do Itaú e como é o seu trabalho em um dos maiores bancos de varejo do Brasil


	Itaú: a meritocracia praticada na empresa agrada
 (Divulgacao)

Itaú: a meritocracia praticada na empresa agrada (Divulgacao)

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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2015 às 15h42.

São Paulo - Como para muitos que se interessam pela carreira em mercado financeiro, o programa de trainee foi a porta de entrada de Rodolpho Farinacio nesse setor. Engenheiro químico graduado pela Universidade Estadual de Maringá, ele entrou no banco de varejo Itaú como trainee em 2010, dois anos após ter se formado. Hoje, aos 29 anos, é Coordenador da Gestão de Perdas e Riscos Operacionais, área responsável por combater fraudes.

Mas o que faz um engenheiro químico trabalhando com isso? A graduação estimulou a facilidade que ele já tinha para o raciocínio lógico e análise de variáveis. “Num banco é importante conseguir interpretar dados e transformar isso em melhores resultados”, ele explica. Por isso, o esforço de como fazer mais com menos por meio de melhorias de processo sempre o interessou.

Também foi o gosto pelo raciocínio matemático que o levou à engenharia. Durante a faculdade, Rodolpho só fez estágios de férias, todos na indústria e sempre com o interesse voltado para a melhoria de processos. Quando se formou, no final de 2008, o mercado vivia uma época de crise. “Então resolvi vender o carro e ir pro Canadá, fiquei lá por sete meses estudando inglês e foi uma experiência incrível”, ele conta. Na volta, viu que os programas de trainee estavam fazendo grande sucesso, se inscreveu e passou no do Itaú.

Para Rodolpho, o primeiro desafio ao entrar no mercado de trabalho foi perceber que, diferente da vida acadêmica em que a maior parte do seu resultado dependia só de si, numa empresa o seu trabalho está ligado ao de outros profissionais e áreas. “Por isso a parceria tem que ser sustentável e logo entendi que era necessário me dar bem com as pessoas”, ele conta.

Como trainee, Rodolpho passou por um primeiro mês de cursos na FGV (Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo), cujo objetivo era apresentar aos ingressantes uma visão geral do funcionamento do banco. Segundo ele, isso foi de grande ajuda nos trabalhos futuros, pois ofereceu o conhecimento necessário para relacionar as macro-atividades do banco ao seu próprio trabalho diário. Para Rodolpho, ser trainee “significa que a empresa tem uma alta expectativa em relação a você”. Portanto, ao fim do programa é preciso se destacar dentre seus pares.

Pós-graduação e gestão de pessoas

Depois do programa, o engenheiro percebeu a necessidade de buscar uma pós-graduação em administração para obter conhecimentos que não fizeram parte do seu curso na faculdade. No Insper, São Paulo, encontrou a formação que buscava: aprendeu a fazer um business plan, lidar com alguns conceitos mais específicos e ter uma boa visão sobre economia. Parte da pós foi custeada pelo Itaú, após um processo interno para aprovação do pedido.

Promovido a coordenador no ano passado, Rodolpho agora também tem a função de orientar as pessoas para atingir resultados pelo bem comum da área. “Recebo orientações e demandas e tenho que pensar para quem vou passar cada tarefa, buscando o melhor resultado para nós”, conta.

Há ainda uma característica conciliadora necessária enquanto coordenador: ouvir os funcionários e gerir as pessoas da equipe. Uma vez por ano acontece uma avaliação oficial, mas durante esse período os gestores também orientam suas equipes sobre como melhorar.
A evolução de cada funcionário depende das avaliações oficiais de entrega e comportamento, tudo previsto dentro da política meritocrática de crescimento do banco.

Por que está onde está fazendo o que faz

A meritocracia praticada na empresa agrada a Rodolpho: ganha-se mais ao entregar mais. Além disso, há muitas áreas no Itaú, o que permite aos funcionários uma mobilidade dentro do próprio banco. “Combater fraudes com cheques é legal hoje, mas se deixar de ser interessante mais para frente é possível ir para uma área de produtos ou planejamento comercial”. Outra vantagem é que o que Rodolpho aprende no Brasil pode ser aplicado em outros lugares do mundo.

A rotina de trabalho proporciona uma vida equilibrada. “Há épocas em que passo 12 horas lá, mas em outras consigo sair durante a tarde e viajar”. Tudo depende, é claro, de planejamento pessoal. Num futuro breve, o engenheiro planeja fazer um MBA fora do país, e o Itaú custeia inteiramente esse tipo de investimento em aprendizado. Como acontece em outras empresas, o patrocínio está atrelado a permanência do profissional no banco por mais alguns anos – caso contrário, é necessário reembolsar o banco pelo valor do curso.

Estas possibilidades, somadas ao respeito mútuo, fazem com que ele queira permanecer na empresa. “Há pressão por resultados no mercado financeiro, mas isso também pode ser muito bacana”, conclui.

Três conselhos para quem está começando a carreira

1. “Faça um intercâmbio, é uma das experiências mais valiosas que se pode ter. Viva a vida lá fora, more com gringos e volte com o inglês tinindo.”
2. “Nos dois primeiros anos da vida profissional, dedique-se ao máximo a aprender, depois disso pense numa pós-graduação que enriqueça o seu momento de carreira.”
3. “Espelhe-se em formadores de opinião da sua área, veja o que eles fizeram e filtre o que pode te servir.”

Este artigo foi originalmente publicado no Na Prática, portal de carreira da Fundação Estudar

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