Carreira

Este é o segredo para aprender à distância, segundo o CEO da escola mLearn

Gameficação, microlearning e experiências híbridas devem ser as apostas de escolas digitais e da educação à distância, na visão de Rômulo Abdalla

Estudo: (Leon Neal / Equipa/Getty Images)

Estudo: (Leon Neal / Equipa/Getty Images)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 18 de abril de 2021 às 14h04.

Última atualização em 18 de abril de 2021 às 14h09.

A educação à distância, imposta como único modelo possível durante a pandemia, trouxe desafios para estudantes, escolas tradicionais e até para as escolas que já exclusivamente digital.

Apesar de já dominarem a dinâmica, empresas como a mLearn, que têm soluções de educação B2B e B2C, precisaram investir em novas temáticas para ampliar sua oferta. De uma hora para outra.

A plataforma da empresa batizada de Qualifica, que reúne cursos e um MBA sob o modelo de assinatura, cresceu 30% de 2020 para 2021, acompanhando o mercado.

“O EAD já passava por transformações  antes da pandemia. Ficou parecendo que depois da pandemia, o mundo da EAD mudou, mas não. De 2015 para cá, já ouve o boom, mas na pandemia cresceu muito mais. O mercado está consumindo e produzindo ainda mais educação à distância para ter escala, para ter facilidade, mobilidade com os smartphones. As edtechs tiveram que preparar novos recursos, ter parcerias, para levar novos conteúdos", conta Rômulo Abdalla, CEO da mLearn.

Entre os desafios que todos enfrentam neste modelo, porém, é garantir o engajamento do usuário. Abdalla defende que um modelo de educação à distância e de aprendizado à distância eficiente precisa de uma boa experiência, em que o estudante se entretenha. Para isso, uma aposta é variação de formatos.

Outras técnicas são a gameficação, microlearning (divisão do conteúdo em várias partes) e a utilização de experiência offline dentro de uma proposta híbrida de educação.

“A gamificação é uma estratégia pedagógica digital em que a gente vai criar estímulos para aquele indivíduo ficar engajado durante o processo de aprendizado. Quando o EAD surgiu, ali na década de 70, 80, muita gente tinha preconceito porque era muito conteúdo e a experiência pedagógica não era tão rica. Ao longo do tempo, as empresas e as pessoas foram aprendendo que a experiência era muito importante, além do conteúdo", explica Abdalla.

A mLearn

A plataforma Qualifica, da mLearn, nasce como um projeto desenhado para empresas. Assim, elas poderiam contratar o serviço e oferecer os cursos como um benefício para o empregado. Além disso, a plataforma também é aberta para que as empresas possam incluir seus próprios conteúdos e oferecer o treinamento que desejarem por ali.

Hoje a plataforma também é B2C e aberta a assinaturas individuais. Com preços baixos, a aposta da empresa é ser referência de educação à distância com compromisso social. Assim, a oferta é principalmente focada em cursos básicos e boa parte dos alunos estão ingressando no mercado de trabalho: 48% tem entre 18 e 29 anos. 

Entre os temas mais acessados, estão Idiomas, Tecnologia da Informação e Negócios.

"Tem muita plataforma de conteúdo no mercado, com muito conteúdo bom e variado. O que quisemos trazer é nossa visão de inclusão de social. Focamos em conteúdo em conteúdo que ajudem as pessoas a se desenvolverem", afirma Abdalla.

Acompanhe tudo sobre:EducaçãoJogos

Mais de Carreira

Vale a pena deixar de ser CLT para ser PJ? Como tomar a melhor decisão para sua carreira

Ela foi procurar um emprego no LinkedIn e acabou criando uma empresa aos 50 anos com IA

Clientes dizem essas 7 frases o tempo todo – mas só quem fecha vendas sabe o que responder

Existe um cenário ideal para uma entrevista remota? Especialista diz que sim, veja 5 dicas