Currículo em inglês (vicky_81/Thinkstock)
Claudia Gasparini
Publicado em 21 de outubro de 2016 às 14h00.
Última atualização em 21 de outubro de 2016 às 14h00.
Uma das questões que costumam gerar mais dúvidas nos estudantes e profissionais em começo de carreira é a criação de um modelo de curriculum adequado à sua área de atuação. Quando falamos em vagas internacionais, as dúvidas se tornam generalizadas e profissionais de todos os segmentos podem se sentir perdidos.
É importante entender que, para concorrer a vagas internacionais, não basta traduzir o seu currículo para o inglês ou para a língua do seu país de destino. É preciso verificar as características e peculiaridades de cada lugar.
Os europeus, por exemplo, valorizam muito a formação acadêmica do profissional, por isso estas informações merecem destaque no seu modelo de curriculum. Já nos EUA, por sua vez, atividades extracurriculares e trabalho voluntário são fatores que não podem faltar.
Uma forma de fazer esta pesquisa é procurar perfis no LinkedIn de profissionais que atuam na área em que você deseja trabalhar e verificar quais são as características mais comuns. Consultar especialistas em recrutamento no país de destino também é muito útil para quem está se candidatando pela primeira vez.
Em alguns países, como nos Estados Unidos, as cartas de recomendação são muito valorizadas. Elas são importantes tanto para a conquista de um emprego, como de vagas em cursos universitários e pós-graduação (sobre essas oportunidades, você pode ler mais no portal Estudar Fora). Por isso é importante que você consiga referências tanto acadêmicas, quanto profissionais de professores, colegas de trabalho e empregadores com quem você já trabalhou.
Quem está a procura de experiência profissional fora do país, inclusive, não deve deixar de conferir a plataforma Jobbatical, que conecta gratuitamente quem busca empregos de curta duração no exterior com empresas dispostas a receber estrangeiros. A empreendedora Karoli Hindriks, criadora da plataforma, deu uma entrevista ao Na Prática recentemente em que oferece algumas dicas com aos interessados.
Já para estágio no exterior, vale conferir os vídeos com dicas de brasileiros que conquistaram vagas fora do país e o relato da estudante de administração Carolina Michelutti sobre suas experiências de estágio internacional na França e na Holanda.
Dicas práticas para criar seu modelo de curriculum internacional:
1. Vá direto ao ponto
Assim como no Brasil, o modelo de curriculum utilizado em outros países também deve ser enxuto e objetivo. Lembre-se que a função deste documento é a mesma: mostrar ao recrutador quais são as suas habilidades e qualificações. A partir das suas pesquisas e conversas, observe o que é mais valorizado no seu país de destino e vá direto ao ponto.
2. Esqueça os tradutores automáticos
Outra dica é evitar usar tradutores automáticos, como Google Tradutor. Muitas vezes eles falham em dar o contexto da palavra e criam traduções equivocadas, que não fazem sentido. Se você tem dúvidas sobre algum termo é melhor procurar ajuda de um amigo com proficiência na língua, ou até mesmo de um tradutor profissional para resolvê-la.
3. Seja sincero quanto ao seu domínio do idioma
Isso nos leva ao próximo tópico. Seja sempre honesto ao declarar seu nível de proficiência no idioma, pois além de ser submetido a testes e entrevistas, o idioma fará parte do seu dia a dia e é fundamental que as suas habilidades sejam compatíveis com as atividades que você irá realizar.
4. Em inglês, evite a voz passiva
Se o seu curriculum for escrito em inglês, convém evitar o uso da voz passiva. Essa forma de expressão nem sempre é correta na língua inglesa e pode levar a erros. Prefira a ordem direta das frases. Por exemplo, ao invés de mencionar no currículo ‘Essa tarefa foi realizada por mim’ (This task was accomplished by me), prefira ‘Eu realizei essa tarefa’ (I accomplished this task).
Agora que você já sabe um pouco mais sobre como criar um modelo de curriculum para vagas internacionais, confira os currículos de presidentes de multinacionais para se inspirar.
Este artigo foi originalmente publicado pelo Na Prática, portal da Fundação Estudar