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Estas tendências de liderança vieram para ficar, segundo especialistas

O que vai determinar o sucesso (ou o fracasso) de um líder hoje em dia e nas próximas décadas? Perguntamos isso a três especialistas

rear view of a businessman training business executives at a seminar (foto/Thinkstock)

rear view of a businessman training business executives at a seminar (foto/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2019 às 06h00.

Última atualização em 15 de julho de 2019 às 17h37.

São Paulo - A forma de consumir produtos e serviços está mudando de forma tão acelerada que saber lidar com esta constante transformação se tornou a principal preocupação de quem ocupa uma posição de liderança na atualidade. Não basta apenas reagir quando todo o mercado mudou. É preciso perceber as mudanças antes que se espalhem e se movimentar o mais rápido possível para não perder sua fatia de mercado.

Para isso, é crucial que os líderes saibam mobilizar as pessoas e construir as alianças necessárias em um curto espaço de tempo. O desafio é democrático: não ocorre apenas em empresas que atuam diretamente com tecnologia, mas também nos setores tradicionais, igualmente impactados pelas novas maneiras que os consumidores têm de se comunicar, pesquisar e comprar.

Mapear mudanças

Seja em startups ou em grandes indústrias, a tendência é que os líderes sejam responsáveis por mapear tudo o que está acontecendo na sua área de atuação e até em outros setores. “Hoje o líder precisa entender um ecossistema muito complexo, que envolve o mundo externo, o ambiente interno da empresa, o futuro, o presente, a realidade nacional e também a internacional”, explica Elaine Tavares, diretora do Coppead, instituto de administração da UFRJ.

Uma das formas de conhecer as tendências de mercado é viver a experiência do consumidor final, procurando congressos e feiras frequentadas pelo cliente, ou indo até o ponto de venda para consumir e observar a concorrência. Segundo João Marcelo Furlan, diretor da Enora Leaders, muitos líderes se fecham para o que existe de novo porque temem perder a sua posição com a entrada de novas ferramentas e tecnologias, um erro que pode ser fatal para a carreira.

Outra maneira de mapear o mercado é fazer perguntas para os clientes, procurando entender como poderiam ser melhor atendidos e qual é o principal desafio que enfrentam no seu dia a dia. Neste diálogo, é importante escutar as respostas atentamente, deixando o cliente livre para contar as suas dificuldades.

Agilidade estratégica

Além de identificar o caminho a seguir, os novos líderes precisam saber mudar de direção rapidamente. Quanto mais ágil for o processo, maior é a chance de ter sucesso, pois o impacto de novas formas de consumo tem sido avassalador em muitos mercados.

Exemplos emblemáticos são o Netflix, o Uber e os aplicativos de entregas de refeições. “Não fique pensando muito antes de começar, coloque um protótipo da sua ideia na rua, avalie os resultados e depois você pode ampliar e melhorar. O pior a fazer é ficar paralisado vendo o mercado mudar”, afirma o diretor da Enora Leaders.

Menos controle

Para mudar com rapidez, é necessário construir alianças e mobilizar pessoas dentro da empresa. Enquanto no passado era possível fazer isso usando ferramentas de comando e controle, a liderança de hoje precisa gerar engajamento de maneira mais inteligente, segundo o consultor em gestão estratégica de pessoas e professor da Fundação Dom Cabral, Roberto Aylmer.

“O novo líder não ameaça com seu chicote quando o resultado não vem. Ao contrário, ele forma novos líderes e ouve a equipe em busca de soluções”, afirma. Uma das formas de vencer a resistência das pessoas ao novo é definir recompensas para as vitórias de curto prazo e saber comemorar com a equipe quando estiver no caminho certo.

Segundo a diretora do Coppead, as habilidades comportamentais são as mais valorizadas pelas empresas atualmente, e as escolas de negócios estão atentas a essa demanda. Para ela, alguns temas fundamentais para os líderes de hoje são negociação, tomada de decisão, protagonismo, visão crítica e capacidade de fazer as equipes colaborarem. Por isso, Elaine avalia que a aprendizagem contínua é uma necessidade mais relevante do que nunca para quem está no topo das empresas.

 

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