Fabrício Bloisi: CEO do iFood participou de evento online com jorge Paulo Lemann (iFood/Divulgação)
Lucas Agrela
Publicado em 17 de abril de 2021 às 14h10.
Última atualização em 17 de abril de 2021 às 15h39.
O que duas personalidades do mundo dos negócios procuram em um líder que ficará à frente de empresas pelos próximos 10 ou 15 anos? Durante o evento online Brazil Conference at Harvard & MIT, essa pergunta foi respondida por Fabrício Bloisi, CEO do iFood e presidente do conselho administrativo da Movile, e Jorge Paulo Lemann, fundador e presidente do conselho de administração da Fundação Lemann.
Os executivos têm visões ligeiramente diferentes, mas ambos acreditam em pontos como foco em resultados e capacidade de adaptação a mudanças.
“Sempre nos concentramos em pessoas. Buscamos atrair os melhores, acompanhar, treinar e dar oportunidade. Gostamos de pessoas que entregam resultados. Pessoas que liderem e que possam estimular. As pessoas precisam conseguir criar sonhos e torná-los realidade. Obviamente, não abrimos mão da ética e gostamos de pessoas dispostas a experimentar coisas novas”, disse Lemann ao responder à pergunta. “A minha geração se concentrou muito em ganhar dinheiro. A nova geração tem maior preocupação com o mundo, o meio ambiente e o progresso geral. Isso contribuirá para um mundo melhor. Há 50 anos, queríamos ganhar dinheiro. Hoje, pode-se fazer ambas as coisas.”
Com uma visão de outra geração de empreendedores, Bloisi valoriza muito a capacidade de tomar decisões difíceis e a mentalidade voltada à inovação, mas sem deixar os negócios de lado.
“Falando de liderança, empreendedores precisam ter grandes sonhos. Aprendi muito com o Jorge Paulo sobre isso. Não só para criar uma empresa, mas também desenvolvê-la. Busco pessoas com paixão, obcecadas com resultados e abertas a mudanças da inovação. A mudança é uma constante. Um líder precisa estar aberto à inovação, ter disciplina e estar pronto para tomar decisões grandes. Como empreendedores, é preciso tomar grandes decisões, como delegar outras decisões, contratar pessoas cada vez melhores e evitar perder dinheiro com escolhas erradas”, afirmou Bloisi, que também acredita no potencial de novas tendências econômicas, como criptomoedas, biologia sintética e a bioeconomia.