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1. Oportunidades escassas para eles
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São Paulo – Profissionais de áreas que hoje estão com baixa demanda eram muito procurados pelo
mercado de trabalho tempos atrás. “Há bem pouco tempo,
engenheiros estavam sendo disputados. Tanto os especializados em petróleo, como os civis, os navais e os do segmento de mineração”, diz Jacqueline Resch, sócia-diretora da Resch Recursos Humanos. No momento, estes especialistas se ressentem com o desaquecimento do mercado e
demissões, segundo ela. “Mas, o fato do mercado não absorver temporariamente, não significa que a profissão perdeu valor”, diz Jacqueline. Além de engenheiros, profissionais de marketing, setor imobiliário e de áreas de desenvolvimento organizacional também aparecem na lista, elaborada com base em levantamentos de grandes consultorias de recrutamento. Confira, nas fotos, quais são as
carreiras em baixa agora em 2015 e as razões para a fraca demanda do mercado de trabalho.
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2. Engenheiro de vendas
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O que faz? Desenvolve e apresenta soluções de produtos ou serviços, prospecta novos negócios e elabora novas propostas técnicas e comerciais. Por que está em baixa? Dado o cenário de baixo investimento e poucas oportunidades de negócios, as empresas não têm visto o investimento neste profissional como estratégico, segundo Anna Melo, gerente da Randstad Professionals. “É difícil prosperar nesse cenário e o profissional corre o risco de onerar o custo da área”, diz ela. Levantamento da consultoria Michael Page destaca que a indústria é o setor que mais sofre com a retração da economia – em especial alguns segmentos de mercado como automotivo, construção civil e bens de capital. Dessa forma, o volume dessas posições caiu consideravelmente em comparação com 2014.
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3. Analista de treinamento
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3/22 (Thinkstock)
O que faz? Desenvolve técnicas e treinamentos com trabalhos de planos de desenvolvimento individuais, baseado na gestão de competências.
Por que está em baixa? Segundo Anna Melo, gerente da Randstad Professionals, treinamento e desenvolvimento são uma excelente ferramenta de retenção e motivação de profissionais que buscam crescimento. Entretanto, a atividade gera um custo que, no atual momento econômico, está sendo evitado pelas empresas. Nesse contexto, o profissional fica sem orçamento e obsoleto na estrutura.
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4. Especialista em Desenvolvimento Organizacional
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O que faz? Responsável pela área de desenvolvimento organizacional é o profissional que busca ferramentas e métodos para que as pessoas se desenvolvam de acordo com a estratégia da empresa. Por que está em baixa? Na percepção da diretora da Hays, Natasha Patel, o espaço para especialistas, sobretudo aqueles focados em desenvolvimento organizacional, no departamento de recursos humanos é escasso atualmente o que exige a ampliação do escopo de atuação dos profissionais. .
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5. Gerente de projetos
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5/22 (Thinkstock/ Jacob Ammentorp Lund)
O que faz? É responsável pelo planejamento e controle da execução em diversos setores e áreas de negócios. Por que está em baixa? O cenário econômico desfavorável leva ao congelamento de novos projetos. Resultado: os que hoje ocupam esse posto, ao finalizarem um projeto, são realocados em outro, não gerando abertura para entrada de novos profissionais, explica Anna Melo, gerente da Randstad Professionals.
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6. Gerentes de infraestrutura, gestores de ativos e gerente de engenharias
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O que fazem? Têm foco na oportunidade e condução de novos projetos na área de engenharia. Por que está em baixa? Posições ligadas a investimentos e novos projetos têm registrado menor demanda e só vão aquecer novamente quando o mercado nacional estabilizar e os investimentos retornarem, segundo a avaliação da equipe da consultoria Michael Page.
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7. Gerente de marketing
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7/22 (Exame.com)
O que faz? Desenvolve estratégias de marketing, prospecta orçamento para ações de divulgação e extensão da marca, define o posicionamento da marca nos canais de comunicação e analisa as tendências de mercado para elaborar campanhas com foco na rentabilidade do negócio.
Por que está em baixa? De acordo com Anna Melo, gerente da Randstad Professionals, ações de marketing costumam trazer um resultado muito importante no médio e no longo prazo. Num cenário em que prevalece a busca por resultados imediatos, a área tem recebido menos investimentos no momento. Carlos Nosé, CEO da Asap, também nota, de maneira geral, baixo investimento na área de marketing, o que resulta em menor rotatividade de profissionais. “ Os orçamentos estão menores ou congelados”, explica.
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8. Profissional de trade marketing
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O que faz? Responsável pela interação da empresa com canais de venda de produtos. Por que está em baixa? Com o mercado não favorável em 2015, muitas empresas estão criando sinergias em trade marketing, seja tornando nacionais seus gerentes regionais, seja unindo com a área de merchandising, vendas ou ainda com marketing, de acordo com a equipe da consultoria Michael Page.
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9. Gerente de expansão no varejo
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9/22 (AdNews)
O que faz? Identifica oportunidades de expansão dos negócios da empresa. Por que está em baixa? Dada a retração do mercado, as empresas entendem que não é momento de investir em expansão e, sim, focar na consolidação e rentabilidade da operação. Com isso, a demanda por essa posição enfraqueceu, destaca a consultoria Michael Page.
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10. Engenheiro naval e engenheiro de petróleo
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10/22 (Thinkstock)
O que fazem? O engenheiro naval projeta, coordena e supervisiona a produção de embarcações, além de construir plataformas marítimas e tubulações para o transporte de petróleo. Já o engenheiro de petróleo desenvolve e executa projetos de exploração e produção do recurso.
Por que estão em baixa? Carreiras ligadas ao petróleo já não são tão promissoras quanto se pintava há alguns anos, observa Rodrigo Maranini, gerente da Talenses. A operação Lava Jato, o momento da economia brasileira e a queda do preço do barril de petróleo são os principais fatores por trás da paralisação de muitos projetos e consequente demissão de profissionais. “Esta é uma situação circunstancial”, diz Jacqueline Resch, sócia-diretora da Resch Recursos Humanos. “Mas, até que as coisas se organizem e o setor receba novos investimentos, as perspectivas para engenheiros dessas especialidades não são boas”.
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11. Engenheiro civil
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11/22 (Thinkstock)
O que faz? O profissional dedicado à construção civil projeta, calcula e constrói edificações residenciais e comerciais. Por que está em baixa? Segundo Jacqueline Resch, sócia-diretora da Resch Recursos Humanos, o setor da construção civil e o mercado imobiliário estão sendo fortemente afetados pela situação econômica. A oferta de mão de obra, portanto, está maior do que a demanda no momento. “Com a queda geral nas vendas em todo o setor imobiliário desde 2014 e com os desdobramentos da operação Lava Jato, que implicou, principalmente, as grandes construtoras, o número de projetos na área caiu vertiginosamente”, Marcelo Peixoto, sócio-fundador da Hub, que também percebe a baixa demanda por engenheiros civis neste momento.
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12. Analista / coordenador de qualidade, saúde, segurança e meio ambiente (QSSMA)
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12/22 (Thinkstock)
O que faz? Acompanha os projetos (e seus indicadores) de qualidade, saúde, segurança do trabalho e meio ambiente da empresa. Por que está em baixa? O escopo de todas estas áreas cresce à medida que a produção das empresas aumenta. Todas as grandes e médias empresas atualmente são reguladas em cada uma das áreas citadas e necessitam de equipe para monitorar a produção, segundo explica Marcelo Peixoto, da Hub. “Quando a produção cai, a demanda por estas áreas, consequentemente, cai também”, diz Peixoto.
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13. Engenheiro de produção
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13/22 (Thinkstock)
O que faz? Gerencia recursos com o objetivo de melhorar a eficiência produtiva e reduzir custos e desperdícios. Por que está em baixa? “Desde 2014, as demandas existem apenas no sentido de reposição de vagas, ao contrário dos anos anteriores, em que houve uma alta busca por este profissional em função do aumento das linhas de produção das empresas de bens de consumo para atender ao aumento da demanda provocada pela ascensão da classe C ao mercado consumidor”, diz Marcelo Peixoto, sócio da Hub.
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14. Profissional da área de relacionamento com investidores
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14/22 (Thinkstock)
O que faz? Atua como um canal direto entre a empresa e os acionistas, investidores, analistas e toda a comunidade financeira. Seu objetivo é transmitir informações claras e transparentes sobre o desempenho da empresa. Por que está em baixa? “Esta área teve um boom no Brasil pós-crise, em 2008, quando houve alto número de IPO's (abertura de capital na bolsa) de empresas brasileiras. Naquele momento, porém, o mercado brasileiro era bastante carente dos profissionais desta área, que estava ainda engatinhando por aqui”, diz Marcelo Peixoto, sócio-fundador da Hub. Segundo ele, a atual crise e a baixa no movimento de abertura de capitais enfraquecem demanda, com apenas movimentos de reposição de profissionais, longe do que ocorreu em 2010. Rodrigo Miwa, sócio da consultoria Hound, também percebe que o cenário atual é de pessimismo por parte dos investidores locais, baixos investimentos estrangeiros e raríssimas aberturas de capital. “O momento atinge diversos segmentos da economia e faz com que os investidores não se arrisquem a novas empresas no mercado de capitais”, diz Miwa.
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15. Profissional da área de incorporação imobiliária
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15/22 (China Photos/Getty images)
O que faz? É responsável pela aquisição de novos terrenos para incorporação imobiliária, podendo também atuar na fase de lançamento de um empreendimento. Por que está em baixa? Com as construtoras freando o ritmo de investimento e novos lançamentos, a função desse profissional passa a ser pouco demandada, segundo Paulo Dias, diretor de recrutamento da consultoria STATO.
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16. Secretário(a)
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16/22 (Thinkstock)
O que faz? Atua como assessor de diretorias, presidências ou setores inteiros de empresas. É responsável por atividades que vão desde a organização das agendas e viagens até o apoio a questões pessoais dos executivos. Por que está em baixa? Paulo Dias, diretor de recrutamento da consultoria STATO, diz que a crise econômica tem levado as empresas a cortarem esse tipo de função de apoio. “No atual momento, os empregadores estão exigindo que os demais funcionários se adaptem a assumirem as tarefas que antes eram repassadas a esses profissionais”, explica.
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17. Corretor de imóveis
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17/22 (STUDIO GRAND OUEST/Thinkstock)
O que faz? É responsável pela intermediação entre quem quer comprar ou alugar um imóvel e o atual proprietário. Por que está em baixa? Num momento em que o crédito imobiliário está menos acessível e os preços de imóveis estão inflacionados, esse profissional tem tido dificuldade de fechar novos negócios. “Além disso, o advento de ferramentas online para busca de imóveis facilita a vida de quem quer negociar diretamente com proprietários”, afirma Paulo Dias, diretor de recrutamento da consultoria STATO.
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18. Arquiteto especializado em decoração de interiores
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18/22 (Thinkstock)
O que faz? Planeja e executa projetos de renovação ou decoração, tanto residenciais quanto comerciais. Por que está em baixa? Paulo Dias, diretor de recrutamento da consultoria STATO, explica que projetos de decoração são os primeiros a serem cortados do orçamento familiar em tempos de dificuldade financeira. “O cancelamento ou adiamento de atividades acabam deixando profissionais dessa área com muito menos demanda de trabalho”, explica.
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19. Turismólogo ou agente de turismo
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19/22 (FABIO MANGABEIRA)
O que faz? Atua como um consultor para turistas. Pode vender pacotes e até mesmo servir como guia turístico em destinos conhecidos por ele. Por que está em baixa? A alta do dólar e a crise financeira enfrentada por muitas famílias têm reduzido a demanda por pacotes nacionais e internacionais de viagem. Além disso, afirma Paulo Dias, diretor da STATO, cada vez mais viajantes pesquisam e planejam seus roteiros pela internet, suprimindo a necessidade de um agente especializado.
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20. Profissional do setor automotivo
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20/22 (Bounds/Bloomberg News)
O que faz? Atua na produção de carros, ônibus e outros veículos automotivos. Por que está em baixa? Maior restrição ao crédito e a queda nas vendas de carros têm levado muitas montadoras a demitir e dar férias coletivas para funcionários. “Havia uma questão cultural antes no Brasil, que associava a compra de um carro a um status social. Hoje as pessoas pensam duas vezes antes de comprar um carro”, diz Rodrigo Maranini, gerente da Talenses. Com a crise no setor, as oportunidades profissionais na área se tornaram mais escassas.
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21. Profissional do setor de mineração
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21/22 (Ian Waldie/Getty Images)
O que faz? Atua nas diversas fases do processo de mineração, da extração de matérias-primas à logística para vender os minérios. Por que está em baixa? As oportunidades na área estão mais escassas por conta da crise no setor de mineração no país. Os motivos principais são a alta do dólar, a queda no preço das commodities, como ferro e aço, e o impacto da concorrência da China, avalia Rodrigo Maranini, da Talenses.
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22. Agora, veja mais carreiras em que conseguir emprego pode demorar bastante
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22/22 (Thinkstock)