Pesquisa mostra que a participação dos “green talents” na força de trabalho global saltou 38,5% entre 2015 e 2022 (Getty Images/Reprodução)
Jornalista
Publicado em 11 de agosto de 2023 às 11h40.
Última atualização em 11 de agosto de 2023 às 16h08.
O cenário profissional global está passando por uma transformação. Se antes o surgimento de novas carreiras estava majoritariamente relacionado à busca pelo lucro com base em um sistema de exploração desenfreada, hoje um novo imperativo dá o tom a esse movimento: a busca pela sustentabilidade e responsabilidade ambiental.
A emergência dos chamados empregos verdes – aqueles que protegem os ecossistemas e a biodiversidade; descarbonizam a economia e minimizam ou evitam a produção de resíduos – é um reflexo claro dessa transformação.
Para ter ideia, de acordo com dados do LinkedIn, a quantidade de empregos em energias renováveis e meio ambiente nos Estados Unidos saltou 237% nos últimos cinco anos, ante o aumento de apenas 19% nos empregos em petróleo e gás (energias não renováveis). Também chama a atenção o fato de que cerca de 10% dos anúncios de emprego publicados na plataforma ao longo do ano passado já exigiam explicitamente uma “habilidade verde” dos candidatos.
Em relatório, a empresa classifica essa transição como um “momento histórico” e indica que todos os setores serão afetados, independentemente de terem ou não relação direta com a área da sustentabilidade. “O impacto da transição verde reverberou em todos os setores e países do mundo — nenhum ficou de fora”, diz o documento.
A mudança de paradigma tem feito com que a capacidade de compreender e gerenciar questões ambientais se torne um diferencial competitivo para candidatos a empregos em diferentes áreas – do direito à agricultura, passando por finanças, comunicação, vendas e outros.
Nesse contexto, o Brasil se destaca como um território de significativo potencial tanto para liderar a transição para essa nova economia, quanto na geração de empregos advindas desse movimento.
Atrás apenas da China, o país já ocupa a segunda colocação entre os maiores empregadores da indústria de biocombustíveis, solar, hidrelétrica e eólica. E, de acordo com as projeções mais recentes da Organização Internacional do Trabalho (OIT), deve gerar mais de 7,1 milhões de novos empregos relacionados à economia verde até 2030.
“O crescimento sustentado dos empregos verdes é realmente uma ótima notícia, especialmente para os candidatos a emprego que estão enfrentando uma reviravolta no mercado de trabalho. Mas os dados do LinkedIn deixam claro que, embora haja uma grande demanda por talentos com habilidades ecológicas, as pessoas não estão desenvolvendo essas habilidades em um ritmo suficientemente rápido”, alerta Sue Duke, diretora de Políticas Públicas Globais do LinkedIn.
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