Torcedor do Brasil durante partida da Copa do Mundo 2014 (foto/Reuters)
Da Redação
Publicado em 24 de junho de 2014 às 11h00.
Espalhada por curvilíneas ruas e por conhecidas marginais paulistanas, lá está uma das frases da Copa: “ESSA É A NOSSA COPA!”
É visualmente interessante o uso de SS em “essa” e “nossa”, na tabelinha que lembra os bons tempos Gérson-Rivelino. No entanto, como fica o pronome demonstrativo? Numa situação de formalidade, será que ocorre uma situação de impedimento?
Na língua falada, no Brasil, os pronomes demonstrativos ganharam um quê de facultatividade; nos critérios de língua-padrão, para a situação da frase supracitada, há diferenças.
Usa-se o pronome demonstrativo “este” para as situações de tempo presente. “Neste texto, neste dia, comentamos sobre os demonstrativos (...)”, por exemplo.
Por outro lado, nas situações que se relacionam ao pretérito ou a um futuro próximo, usa-se “esse” ou “aquele”. “Nesse fim de semana, lembramos aquela escalação da Copa de 70 (...)”, por exemplo.
Sendo assim, em “ESSA É A NOSSA COPA!”, por uma questão de lógica, de situação, o pronome refere-se a um futuro próximo – à Copa que se aproxima (quando, na verdade, é um evento mais que presente!).
Com a frase “ESTA É A NOSSA COPA!”, há a referência ao presente, à Copa que acontece em várias cidades brasileiras.
Gosto muito de uma relação prática entre os apontamentos “este/esta/isto” e o termo “aqui”, ou seja, ESTA COPA (aqui) – brasileira - é NOSSA!
Apesar de não ser uma situação de mero erro ou acerto gramatical, teria o orgulho de dizer ao mundo que esta é a nossa Copa!
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