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Esta é a habilidade que torna um profissional memorável

Se causar uma boa primeira impressão é vital na entrevista de emprego, será possível fazer com que ela seja duradoura?

 (Rawpixel Ltd/Thinkstock)

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Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 24 de abril de 2018 às 15h00.

Última atualização em 24 de abril de 2018 às 15h00.

São Paulo - Na era da informação rápida e em excesso, a capacidade de atenção dos humanos só diminui. São 8 segundos para conquistar nosso foco, segundo estudo da Microsoft, menos tempo do que a atenção de um peixinho dourado.

Isso é um problema para quem procura um emprego, afinal recrutadores conversam com vários candidatos todos os dias. Se causar uma boa primeira impressão é vital, será possível fazer com que ela seja duradoura?

Depois de quase 10 anos, Caroline Cadorin, diretora da Hays, lembra claramente de um dos primeiros candidatos que entrevistou.

Competindo por uma vaga estratégica em uma multinacional, na hora de falar sobre sua experiência, o candidato contou uma história sobre seu tempo de estagiário. Para fazer vacinas, ele fazia parte da produção de “pintinhos de um dia”, animais com vida curta usados para testes.

“A maneira como ele me contou me marcou bastante. Ele me passou o conflito daquele trabalho, ele sabia a importância da tarefa para um bem maior ao mesmo tempo que entendia a dureza”, conta Caroline.

Para ela, a capacidade do profissional de criar empatia ao mesmo tempo que transmite sua história fez a experiência ser memorável.

Renata Filippi, diretora geral de Executive Search da STATO, também se recorda de profissionais que a cativaram desta maneira. Ela afasta a ideia de que exista uma receita ou característica específica que vai garantir que uma pessoa fique na memória. No entanto, trabalhar a empatia pode ser uma estratégia para a entrevista. “É uma habilidade de criar um ambiente agradável e relatar seu conteúdo de forma envolvente”, fala ela.

Para isso, o candidato precisa ter em mente o recado que quer passar e a melhor forma de transmiti-lo sem sair do roteiro do recrutador. “Pode ser um legado que deixou nos lugares, uma visão diferente sobre os negócios ou inovações que tem chamado sua atenção”, explica ela. “No final, você sente que aprendeu com o entrevistado”.

É o que Caroline vê como paixão. A pessoa não apenas relata os resultados e conquistas, mas tem gosto de compartilhar suas experiências. “É importante pensar no impacto que uma atividade causou em você e em outras pessoas”, disse. Aliado à empatia, isso faz com que os interlocutores se sintam parte daquela história.

Candidatos assim são lembrados nas horas mais críticas. Mesmo não sendo contratados em primeiro momento, podem voltar à mente do recrutador como a solução para um problema ou a combinação perfeita com uma empresa.

Pode ser um carisma natural ou uma nova estratégia, mas a qualidade das interações pessoais vale muito no momento da entrevista.

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