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Este emprego ainda tem alta demanda no setor de varejo

Com o comércio eletrônico, as empresas de varejo com instalações físicas precisam corrigir suas lojas e oferecer uma experiência de compra mais agradável

Varejo: “Toda empresa coleta uma montanha de dados: alguns são valiosos, a maioria não” (Minerva Studio/Thinkstock)

Varejo: “Toda empresa coleta uma montanha de dados: alguns são valiosos, a maioria não” (Minerva Studio/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2017 às 16h21.

Última atualização em 21 de agosto de 2017 às 16h34.

Nova York - Apesar de uma série de falências, fechamentos de lojas e demissões, há um trabalho no setor de varejo que ainda registra demanda elevada: o de cientistas de dados.

A batalha contra o comércio eletrônico representa uma nova fonte de pressão para que as empresas de varejo com instalações físicas corrijam suas lojas e ofereçam uma experiência de compra mais agradável. E isso significa estudar dados -- muitos e muitos dados.

As redes de lojas de departamento e outros negócios possuem uma grande quantidade de informações que poderiam usar para aprimorar o atendimento ao cliente e obter mais receitas dos consumidores; elas só precisam da ajuda de alguém para passar por isso.

“Toda empresa coleta uma montanha de dados: alguns são valiosos, a maioria não”, disse Jay Samit, vice-presidente do conselho da consultoria de tecnologia Deloitte Digital. “O trabalho do cientista de dados é distinguir esses dois conjuntos.”

Os cientistas de dados não estão em alta demanda apenas setor de varejo. As ofertas de emprego e as buscas por trabalho na função atingiram uma alta histórica, segundo o website Indeed. A Harvard Business Review chamou o campo de “o trabalho mais sexy do século 21”, e empregadores de diversos setores e agências governamentais lutam para adicionar esses trabalhadores às suas fileiras.

Parte do apelo: quando se debruçam sobre os dados, eles podem usar inteligência artificial e a chamada aprendizagem de máquina para ajudar a fazer parte do trabalho.

Esses trabalhos muitas vezes exigem um currículo robusto: um doutorado em ciência de dados, conhecimento da linguagem Python e fortes habilidades interpessoais. DJ Patil, o primeiro cientista-chefe de dados dos EUA, recebe crédito por ter ajudado a cunhar o termo quando trabalhava no LinkedIn. Patil diz que o uso de dados para corrigir problemas é algo que não surge naturalmente em todos os negócios, mas que é chave para a estratégia das empresas mais bem-sucedidas da última década.

“As empresas do varejo não achavam que o aprendizado de máquina e a inteligência artificial eram grande coisa até que a Amazon começou a esmagá-las”, disse em entrevista. “Isso é algo bastante óbvio para os profissionais de dados, mas não para os empresários.”

Agora as empresas estão começando a mudar, e isso inclui o setor de varejo. Ainda há muitas oportunidades para melhorar as compras nas lojas físicas. Mesmo com a ascensão da Amazon.com, os consumidores dos EUA realizam cerca de 85 por cento de suas compras em lojas físicas.

No entanto, a concorrência está mais acirrada do que nunca e os consumidores muitas vezes precisam de um empurrão para tomar a decisão de comprar. É aí que os dados entram.

Nem sempre é fácil para as empresas de varejo conseguir cientistas de dados. Há empresas de diversos setores atrás desses trabalhadores e, por isso, os melhores profissionais muitas vezes preferem trabalhar em empresas de tecnologia ou em Wall Street.

Os cientistas de dados podem se desanimar com a sensação de que o setor de varejo está morrendo, disse Paul Chatlos, recrutador de cientistas de dados da Smith Hanley Associates.

“O setor não tem apelo”, disse ele. “Todos querem trabalhar com tecnologia, comércio eletrônico e internet.”

Gráfico Bloomberg In Demand

- (Gráfico/Bloomberg)

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