Redação Exame
Publicado em 30 de outubro de 2025 às 14h45.
Última atualização em 30 de outubro de 2025 às 14h48.
Um investimento inicial de US$ 30 mil, unida a uma ideia nascida da frustração de uma mãe e uma operação lançada na garagem de casa.
Esses três elementos simples, mas estratégicos, formam o ponto de partida da Cali’s Books, editora infantil fundada por Carinne Meyrignac, que em 2025 deve faturar US$ 5 milhões em vendas diretas e varejo.
A história vai além do espírito empreendedor, ela é uma aula prática sobre como alocar capital, reduzir riscos, construir uma estrutura escalável e transformar um produto nichado em um negócio sustentável. As informações foram retiradas do Entrepreneur.
Meyrignac começou sua carreira no setor financeiro, passando por Singapura, Paris e Nova York, até chegar à área de gestão de riscos na Mitsubishi, em Los Angeles.
Foi durante a licença-maternidade, em 2016, que identificou uma lacuna no mercado de livros musicais para bebês e decidiu agir.
Viajou para a China, negociou com fornecedores e fez seu primeiro pedido: 6 mil exemplares, ao custo de US$ 30 mil.
Essa decisão representa, sob a ótica de finanças corporativas, um investimento seed com alto grau de incerteza e baixa diversificação de portfólio.
Ainda assim, sua abordagem pragmática, com o uso de autônomos no Fiverr, marketplace online, apoio de familiares e controle interno, manteve os custos fixos baixos e o capital de giro sob controle.
No início, a fundadora tentou escalar o negócio por meio de lojas físicas. Apesar da empolgação inicial, logo percebeu que as margens eram baixas e os pagamentos lentos.
Essa escolha de canal impactava diretamente o fluxo de caixa, um ponto sensível em qualquer operação em fase inicial.
O acerto veio com o redirecionamento para o modelo DTC (Direct -to -consumer, ou seja, direto ao consumidor), onde a empresa passou a controlar sua narrativa, a experiência do consumidor e, principalmente, sua margem bruta.
Essa decisão reflete o que gestores de finanças corporativas conhecem bem, um canal mal escolhido pode consumir lucro e comprometer a sustentabilidade do negócio.
Quando a Cali’s Books passou a vender diretamente, a empresa ganhou não só tração, mas inteligência de mercado, dados comportamentais e fidelização, três ativos intangíveis cruciais para a precificação, previsão de demanda e expansão de portfólio.
A consolidação da empresa veio após três anos de operação, quando a Cali’s Books ultrapassou US$ 1 milhão em receita.
Em 2024, bateu US$ 5 milhões, com crescimento anual de dois dígitos. A base da escalada foi a venda direta, capital reinvestido, aumento gradual do portfólio (hoje com 50 títulos) e foco em operações enxutas.
Sem aportes externos expressivos, a empresa cresceu com base em autofinanciamento, mantendo controle societário e total autonomia estratégica.
Esse modelo exige habilidade em planejamento orçamentário, controle de alavancagem e gestão de liquidez, capacidades essenciais para quem deseja escalar sem depender de rodada de capital ou endividamento excessivo.
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