Carreira

Essa é a estratégia de autoconsciência que os líderes estão adotando para ter sucesso

Empatia e serviço são essenciais, mas líderes precisam priorizar o autocuidado para sustentar essa abordagem

Publicado em 8 de maio de 2025 às 14h38.

Servant leadership é, hoje, uma das abordagens mais valorizadas no ambiente corporativo.

Criado por Robert Greenleaf nos anos 1970, esse modelo subverte a lógica tradicional da hierarquia empresarial: em vez de liderar por autoridade, o gestor serve à equipe.

O dilema da empatia sem esgotamento

O próprio princípio de colocar o outro em primeiro lugar esbarra em um dilema: como servir ao time sem esgotar a si mesmo? A imagem de um líder altruísta, disposto a sacrificar o próprio bem-estar em nome do grupo, está sendo revista.

Liderar com empatia exige mais do que resistência mental; exige também inteligência emocional e autoconsciência.

Autogestão como ferramenta de liderança

É uma lógica semelhante à da máscara de oxigênio nos aviões: primeiro você se equipa, depois ajuda quem está ao lado. E, para líderes, esse “oxigênio” inclui sono, alimentação e limites claros de energia.

A autogestão torna-se, assim, uma peça-chave para sustentar uma liderança genuinamente voltada ao outro.

A construção dessa abordagem, contudo, não acontece do dia para a noite.

Organizações precisam dar suporte

Nem tudo depende apenas do comportamento individual. Sistemas organizacionais antiquados e ferramentas de gestão ultrapassadas dificultam o exercício da servant leadership.
A solução?

  • Objetivos com propósito claro
  • Feedbacks constantes
  • Reconhecimento frequente
  • Calibragem de desempenho livre de vieses

Essa reflexão sobre a liderança não é apenas teórica — é uma exigência concreta do mundo corporativo atual. Num cenário em que o engajamento, a inovação e a retenção de talentos se tornam diferenciais competitivos, a figura do líder-serviço precisa evoluir.

Servant leadership não é um papel passivo, e muito menos uma abdicação pessoal. É uma estratégia consciente, onde o autocuidado se torna pilar essencial para a sustentação de uma cultura mais humana e eficaz.

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