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Especialistas dão dicas para quem quer estudar na China

Com mensalidades mais baratas, universidades chinesas são uma boa opção para quem quer estreitar relações com a gigante oriental

A capital Pequim é o berço de muitas universidades chinesas (Getty Images/EXAME.com)

A capital Pequim é o berço de muitas universidades chinesas (Getty Images/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2010 às 16h54.

São Paulo – A  China, segunda maior economia do planeta, desponta como um dos destinos mais promissores para quem quer ganhar experiência internacional. 

Isso não está apenas ligado ao bom desempenho da gigante na economia, com PIB de 1,3 trilhão de dólares no segundo trimestre de 2010. Há oportunidades para estudantes brasileiros de todas as áreas de conhecimento. E os preços dos cursos de graduação e pós saem bem mais em conta do que em universidades da Europa ou Estados Unidos.
 
A melhor notícia: nem sempre é preciso saber mandarim para seguir estudos no território chinês. Algumas instituições, de acordo com Marina Schwartzman, coordenadora de negócios na Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico (CBCDE), oferecem cursos voltados para estrangeiros. Boa parte deles são ministrados em inglês.
 
Por isso, na nova gigante oriental, a fluência neste idioma é fundamental. No entanto, para uma experiência internacional completa, o mínimo recomendável é saber o básico do mandarim.
 
Custo

Para quem pretende fazer intercâmbio de um mês ou mesmo fazer uma graduação completa na China, o custo  pode sair muito mais em conta do que o oferecido nas universidades brasileiras.

Como a moeda chinesa, o Yuan, vale até quatro vezes menos do que o Real (nesta terça-feira, 26, a cotação está em 0,25 centavos), fica barato estudar na China.
 
A regra não vale, contudo, para a alimentação nas redes de fast-foods norte-americanas. De acordo com a coordenadora Marina Schwartzman, nesses locais a alimentação pode ser bem mais cara do que restaurantes regionais. “Você tem que se acostumar a comer sempre comida chinesa para não gastar, comprando tudo em Yuan”.
 
As mensalidades também seguem  o mesmo padrão. De acordo com representantes da  Changchun University of Science & Technology, localizada na cidade interiorana de Changchun, província de Jilin, na China, a média de custo dos cursos de graduação, por ano, é de 2,3 mil dólares, o que equivalente a menos de 4 mil reais por ano. 


Na Hubei University (Huda), localizada na cidade de Wuhan, na província de Hubei, a mensalidade é um pouco mais cara – em média, cada curso custa 3 mil dólares anuais. Os mestrados na Zhejiang Sci-Tech University, que fica na cidade de Hangzhou, na província de Zhejiang, saem por 4 mil dólares. 

Já para cursar engenharia na University of Electronic Science é preciso desembolsar o equivalente a 6 mil dólares por ano. Os cursos de graduação, realizados em quatro anos, saem na faixa de preço de 10 a 20 mil reais. Essa média tem como base o custo de 4 mil anual, ou seja, cerca de 300 reais mensais.
 
Seleção

O processo de admissão para os cursos voltados para estrangeiros, geralmente, são baseados na análise de histórico escolar. Durante o período que passam na China, os alunos de outros países são obrigados a estudar mandarim e cursar outros programas voltados para a cultura chinesa, como kung-fu, arte marcial oficial do país.
 
Apesar da abertura para outros países, o ensino chinês mantém o perfil do regime socialistas. "Os professores de ciência política, por exemplo, não são flexíveis às críticas e reproduzem o discurso do governo" disse Schwartzman, que realizou dois intercâmbios para o país.
 
Visto
 
As documentações para ingressar na China podem ser de quatro tipos: trabalho, negócios, estudante ou turismo. Viagens de menos de seis meses, como intercâmbios, são consideradas turísticas.

O preço para vistos de negócios e de turismo custam 210 reais pelo Consulado Geral da República Popular da China de São Paulo. Pela Câmara Brasil-China, a mesma documentação sai por 390 reais.

Informações podem ser obtidas pelo site do Consulado, ou pelo telefone (11) 3082-9877. O atendimento é aberto ao público das 9h às 12h, no endereço R. Estados Unidos, 1071, Jardim América.

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