Carreira

Entre a carreira e a boa vida no interior

A gerente de marketing Carolina Lima Giuliano abriu mão de uma promoção na Johnson & Johnson para se mudar para o interior de São Paulo

A gerente de marketing Carolina Lima Giuliano em Vinhedo (SP): emprego novo no interior (Camila Fontana / VOCÊ S/A)

A gerente de marketing Carolina Lima Giuliano em Vinhedo (SP): emprego novo no interior (Camila Fontana / VOCÊ S/A)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2014 às 15h42.

São Paulo - A administradora Carolina Lima Giuliano, de 33 anos, sempre trabalhou para crescer. Em 2008, quando era gerente de produtos da multinacional de brinquedos Mattel, ela sentiu que era hora de fazer um MBA. Inscreveu-se para a Kellogg, nos Estados Unidos, e foi aceita.

Enquanto isso, seu noivo, Luiz Paulo, montava sua empresa de provedor de internet em Vinhedo, no interior de São Paulo, e não podia ir junto. Carolina se demitiu e o casal manteve o relacionamento a distância por um ano. 

O dilema

Quando faltavam dois meses para terminar o MBA, em 2009, Carolina participou de um evento de recrutamento da Johnson & Johnson com 1.000 candidatos, em Atlanta, e foi escolhida para a vaga de gerente de produtos. Voltou ao Brasil, se casou e o casal decidiu morar em São Paulo.

O marido viajava todos os dias para trabalhar. “Tínhamos o sonho de nos estabelecer no interior. Só não sabíamos quando”, diz. O dilema veio em 2012. Depois de três anos e meio na J&J, surgiu um desafio: comandar uma marca de cosméticos líder no México e na Colômbia. “Era uma categoria com possibilidade de expansão na América Latina”, diz. Aí surgiu a dúvida: ficar na cidade ou ir para o interior?

A decisão

“Conversei com meu marido e nos perguntamos: por quanto tempo vamos adiar nosso sonho? Se aceitasse a promoção, seriam mais quatro anos para fechar o ciclo. E, quanto mais eu progredisse em São Paulo, mais difícil seria mudar. Foi quando decidimos que era hora de priorizar a família. Pedi demissão e fomos para Vinhedo.

Mudei-me sem nenhuma possibilidade de emprego, porque não tinha conhecidos no interior. Depois de cinco meses, tempo em que me dediquei só à família, fiz contatos pelo LinkedIn. Na cara de pau, adicionei um diretor da Bosch, de Campinas, e encaminhei meu currículo.

Por sorte, ele disse que havia uma posição para gerente de marketing para a América Latina, numa das divisões de ferramentas elétricas. Aceitei. Comecei a procurar em julho e em setembro já estava empregada. Estou feliz com esse novo desafio.”

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasEdição 193FamíliaMetrópoles globaissao-paulo

Mais de Carreira

Vale a pena deixar de ser CLT para ser PJ? Como tomar a melhor decisão para sua carreira

Ela foi procurar um emprego no LinkedIn e acabou criando uma empresa aos 50 anos com IA

Clientes dizem essas 7 frases o tempo todo – mas só quem fecha vendas sabe o que responder

Existe um cenário ideal para uma entrevista remota? Especialista diz que sim, veja 5 dicas