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Enem dos Concursos: como se preparar antes mesmo da publicação do edital?

Especialista dá dicas para quem quer começar a estudar para a prova. A previsão é que o edital seja publicado em dezembro, com provas no primeiro trimestre de 2024

O CNU vai ofertar 6.590 vagas de níveis médio e superior, com provas objetivas previstas para o primeiro trimestre de 2024 (smolaw11/Getty Images)

O CNU vai ofertar 6.590 vagas de níveis médio e superior, com provas objetivas previstas para o primeiro trimestre de 2024 (smolaw11/Getty Images)

Publicado em 4 de outubro de 2023 às 07h07.

Última atualização em 4 de outubro de 2023 às 11h50.

O Concurso Nacional Unificado (CNU) já tem prazos definidos e as informações sobre o edital - que já é um dos mais aguardados do ano -, estão sendo aos poucos divulgadas pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

O CNU vai ofertar 6.590 vagas de níveis médio e superior, e a expectativa é que o edital seja publicado em dezembro de 2023 com provas objetivas previstas para o primeiro trimestre de 2024.

É preciso esperar a publicação do edital para se preparar para a prova?

Na última sexta-feira, 29/09, foi publicado o decreto presidencial que indica como será a execução do concurso público, além de como será a participação de comissões, comitês e grupos técnicos.

Após a divulgação da lista de quais órgãos aderiram ao edital de concurso público unificado, foi divulgada a lista dos cargos que serão ofertados. Com poucas informações já divulgadas pelo governo federal, muitos concurseiros têm dúvidas sobre qual estratégia usar para se antecipar e já começar os estudos. Para Eduardo Cambuy, especialista em aprendizagem e professor do Gran Cursos, quem esperar a publicação do edital para começar o estudo, vai ficar em desvantagem.

“O candidato deve começar a estudar imediatamente. É claro que sem a definição de matérias e conteúdo pode atrapalhar, vai ser um pouco mais difícil. Mas, temos excelentes estratégias para fazer um estudo direcionado mesmo sem a publicação do edital.”

O grande desafio de fazer esse estudo antecipado é que o candidato vai depender do grupo de matérias que o CNU vai trazer, afirma Cambuy, que reforça que ainda não há uma definição exata das matérias no conhecimento básico e específico.

“Por isso, para quem já é concurseiro e já se preparava antes do anúncio da unificação, será necessário manter o foco dentro de uma expectativa de grupo de matérias que normalmente aquela área pede.”

Quais são os dois tipos de preparação?

Cambuy orienta dois tipos de preparação, que vão variar dependendo do grau de preparação do candidato.

A recomendação para o concurseiro iniciante é focar nas disciplinas de conhecimento básico, que embora não tenha uma definição, a expectativa é que sejam conteúdos já tradicionais nos concursos:

  • Língua portuguesa,
  • Direito constitucional,
  • Direito administrativo,
  • Informática,
  • Raciocínio lógico,
  • Ética.

Só depois desse primeiro estudo o candidato iniciante deve partir para as específicas. Para quem já é avançado no estudo para concurso, a dica do especialista é focar nos conteúdos mais certos do grupo temático pretendido.

“Nesse caso, vale ver editais anteriores da carreira específica e identificar quais são as disciplinas comuns à área.”

Para o professor, o estudo direcionado é a melhor estratégia para o estudo do grupo temático, já que, em regra, a parte específica deve seguir entre 60% e 70% do conteúdo grosso dessas áreas temáticas.

“Por exemplo, na área fiscal, o grupo específico temático deve continuar exigindo as legislações tributárias, aduaneiras, contabilidade geral, pública e avançada e orçamento público, que são as matérias do núcleo duro, que devem continuar representando grande parte da prova, tendo variação basicamente das necessidades e do alinhamento que cada órgão vai fazer”.

O que esperar da banca?

A outra dica do especialista é sobre a banca. As bancas mais cogitadas e mais sérias para um concurso desse nível são Cebraspe e FGV, por isso o candidato também pode direcionar o estudo para essas bancas, principalmente na seleção de materiais, afirma o especialista.

“Eu sempre indico que o aluno foque em teoria para cobrir a maior parte do edital, e assim que sair o edital focar na resolução de questões, priorizando as questões da banca escolhida.”

Veja a distribuição dos cargos de acordo com cada órgão:

Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos – MGI:

  • Analista Técnico Administrativo: 190 vagas (nível superior)
  • Economista: 27 vagas (nível superior)
  • Psicólogo: 2 vagas (nível superior)
  • Estatístico: 12 (nível superior)
  • Técnico em Comunicação Social: 10 vagas (nível superior)
  • Técnico em Assuntos Educacionais: 2 vagas (nível médio)
  • Arquivista: 16 vagas (nível superior)
  • Arquiteto: 14 vagas (nível superior)
  • Engenheiro: 68 vagas (nível superior)
  • Bibliotecário: 4 vagas (nível superior)
  • Contador: 5 vagas (nível superior)
  • Médico: 20 vagas (nível superior)

Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços – MDIC:

  • Analista de Comércio Exterior (ACE): 50 vagas (nível superior)
  • Analista Técnico Administrativo: 50 vagas (nível superior)
  • Economista: 10 vagas (nível superior)

Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ:

  • Especialista em Regulação de Serviços de Transportes Aquaviários: 30 vagas (nível superior)

Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL:

  • Especialista em Regulação de Serviços - Públicos de Energia: 40 vagas (nível superior)

Ministério da Agricultura e Pecuária – MAPA:

  • Auditor Fiscal Federal Agropecuário: 200 vagas (nível superior)
  • Analista em Ciência e Tecnologia: 40 vagas (nível superior)
  • Tecnologista: 40 vagas (nível superior)
  • Agente de Atividades Agropecuárias: 100 vagas (nível médio)
  • Agente de Inspeção Sanitária e Industrial de Produtos de Origem Animal: 100 vagas (nível médio)
  • Técnico de Laboratório: 40 vagas (nível médio)

Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA:

  • Analista Administrativo: 137 vagas (nível superior)
  • Analista em Reforma e Desenvolvimento Agrário: 446 vagas (nível superior)
  • Engenheiro Agrônomo: 159 vagas (nível superior)

Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – MCTI:

  • Analista em Ciência e Tecnologia: 296 vagas (nível superior)

Fundação Nacional dos Povos Indígenas – FUNAI:

  • Indigenista Especializado: 152 vagas (nível superior)
  • Administrador: 26 vagas (nível superior)
  • Antropólogo: 19 vagas (nível superior)
  • Arquiteto: 1 vaga (nível superior)
  • Arquivista: 1 vagas (nível superior)
  • Assistente Social: 21 vagas (nível superior)
  • Bibliotecário: 6 vagas (nível superior)
  • Contador: 12 vagas (nível superior)
  • Economista: 24 vagas (nível superior)
  • Engenheiro: 20 vagas (nível superior)
  • Engenheiro Agrônomo: 31 vagas (nível superior)
  • Engenheiro Florestal: 2 vagas (nível superior)
  • Estatístico: 1 vaga (nível superior)
  • Geógrafo: 4 vagas (nível superior)
  • Psicólogo: 6 vagas (nível superior)
  • Sociólogo: 12 vagas (nível superior)
  • Técnico em Assuntos Educacionais: 2 vagas (nível superior)
  • Agente em Indigenismo: 152 vagas (nível médio)
  • Técnico em Comunicação Social : 10 vagas (nível superior)

Ministério da Saúde – MS:

  • Tecnologista: 220 vagas (nível superior)

Ministério da Justiça e Segurança Pública – MJSP:

  • Analista Técnico Administrativo: 100 vagas (nível superior)

Ministério do Trabalho e Emprego – MTE:

  • Auditor Fiscal do Trabalho (AFT): 900 vagas (nível superior)

Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC:

  • Analista Administrativo: 15 vagas (nível superior)
  • Especialista em Previdência Complementar: 25 vagas (nível superior)

Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS:

  • Especialista em Regulação de Saúde Suplementar: 35 vagas (nível superior)

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE:

  • Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em Informações Geográficas e Estatísticas: 275 vagas (nível superior)
  • Tecnologista em Informações Geográficas e Estatísticas: 312 vagas (nível superior)
  • Pesquisador em Informações Geográficas e Estatísticas: 8 vagas (nível superior)
  • Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas: 300 vagas (nível superior)

Advocacia-Geral da União (AGU):

  • Administrador: 154 vagas (nível superior)
  • Arquiteto: 5 vagas (nível superior)
  • Arquivista: 2 vagas (nível superior)
  • Analista Técnico Administrativo: 90 vagas (nível superior)
  • Contador: 47 vagas (nível superior)
  • Economista: 35 vagas (nível superior)
  • Engenheiro: 18 vagas (nível superior)
  • Estatístico: 7 vagas (nível superior)
  • Médico: 3 vagas (nível superior)
  • Psicólogo: 10 vagas (nível superior)
  • Técnico em Assuntos Educacionais: 20 vagas (nível superior)
  • Técnico em Comunicação Social: 9 vagas (nível superior)

Ministério dos Povos Indígenas – MPI:

  • Analista Técnico Administrativo: 30 vagas (nível superior)

Ministério do Planejamento e Orçamento – MPO:

  • Analista Técnico Administrativo: 45 vagas (nível superior)
  • Economista: 15 vagas (nível superior)

Ministério da Cultura – MinC:

  • Analista Técnico Administrativo: 50 vagas (nível superior)

Concurso Nacional Unificado: carreiras transversais

Carreiras transversais são cargos que podem ser lotados em vários órgãos. Entenda quais são:

  • Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG): 150 vagas (nível superior)
  • Analista de Infraestrutura (AIE): 300 vagas (nível superior)
  • Analista em Tecnologia da Informação (ATI): 300 vagas (nível superior)
  • Analista Técnico de Políticas Sociais – ATPS: 500 vagas (nível superior)

*É importante destacar que o cargo de Analista Técnico de Políticas Sociais – ATPS vai ser lotado nos seguintes órgãos:

  • Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos – MGI: 360 vagas
  • Ministério dos Direitos Humanos – MDHC: 40 vagas
  • Ministério da Educação – MEC: 70 vagas
  • Ministério da Justiça e Segurança Pública – MJSP: 30 vagas
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