Ao usar o cartão de crédito é preciso estar atento aos juros (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
São Paulo - Uma categoria de empréstimo, presente há algum tempo no mercado, promete virar sensação entre os clientes. É o empréstimo por meio do cartão de crédito.
Com apenas um telefonema você pode conseguir dinheiro na hora. Além disso, a taxa é menor quando comparada às demais linhas de empréstimos. Os juros médios ficam em 4,5% ao mês, enquanto o cheque especial cobra taxa de 9% e o crédito rotativo de 11%.
Outro ponto a favor do crédito por meio do cartão de crédito é a segurança de que os valores serão mantidos, porque o contrato é fixo. No crédito rotativo, as regras podem mudar durante o empréstimo, e o cliente pode ter de arcar com uma taxa de juro maior, por exemplo.
A Credicard oferece o serviço há dois anos e meio. Os clientes que possuem o cartão já têm crédito pré-aprovado, mas o valor do empréstimo varia conforme o perfil. Se o valor desejado estiver dentro do limite disponível, é só acionar a operadora pelo telefone ou pela internet.
Caso o valor solicitado seja maior, é necessário passar por uma análise de crédito que avalia há quanto tempo a pessoa é cliente e se paga as contas em dia. O prazo máximo do empréstimo é de 36 meses e o valor não pode ultrapassar três vezes o valor da sua renda. O Itaú-Unibanco oferece o produto há cinco anos para seus clientes e até para quem não é correntista — basta ter o cartão de crédito.
Os correntistas têm um prazo de 48 meses para pagar o empréstimo, e os não correntistas, de 24 meses. Assim como ocorre na Credicard, a pessoa interessada é submetida a uma análise de perfil, e tanto as taxas de juro quanto os valores variam conforme o perfil do cliente.
Esse tipo de crédito está disponível no mercado para tornar a vida do cliente mais fácil, mas não é todo mundo que pensa dessa forma. Para Keyler Carvalho Rocha, professor do laboratório de finanças da Fundação Instituto de Administração (FIA), de São Paulo, esse empréstimo só tem desvantagens para o cliente. "A melhor opção é fugir dos empréstimos, principalmente por causa dos juros", afirma.
Um cuidado que você deve ter é pagar as parcelas em dia, senão haverá cobrança de juros sobre juros, mais o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). "Quem fizer um empréstimo deve ter a cautela para que o crédito não ultrapasse de 30% a 35% da renda, para não acontecer um descontrole financeiro", diz Mário Amigo, professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), de São Paulo.