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Empresas estão capacitando profissionais de TI para suprir demanda do mercado

O mercado de TI deve apresentar alta demanda para o próximo ano. Porém, a oferta de mão de obra qualificada não tem sido suficiente para as empresas

TI (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2015 às 11h52.

O mercado de TI deve apresentar alta demanda para o próximo ano. Porém, a oferta de mão de obra qualificada não tem sido suficiente para as empresas, que procuram profissionais para ocupar posições estratégicas em um período de instabilidade econômica.

Segundo um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a falta de pessoas com domínio de ambientes de desenvolvimento de linguagens é o principal problema enfrentado pelas companhias do segmento com pelo menos 20 funcionários.

E para suprir as demandas do mercado e solucionar esse problema, as companhias passaram a oferecer capacitação aos profissionais de TI recém-contratados.

É o caso da Escriba, empresa sediada em Curitiba que desenvolve sistemas de gestão para cartórios. Diante da necessidade de aumentar em 15% seu quadro de funcionários em sete estados do país, ela passou a buscar profissionais sem conhecimento prévio na área de TI para preencher vagas intermediárias.

Segundo a gerente de RH da companhia, Rubia Candido, não é necessário que o funcionário tenha conhecimentos na área, desde que ele tenha curiosidade em aprender sobre o setor e em participar do programa de capacitação. “Se identificamos que este profissional não possui total conhecimento para desempenhar uma função, porém tem condições para aprender e evoluir com grande facilidade, fazemos o investimento”, explica.

Dentre as principais demandas da companhia, há maior dificuldade para encontrar pessoas com conhecimentos em programação Delphi e diagramação UML e também para preencher os cargos de analista de sistemas, programador, testador e instalador de sistemas.

Os treinamentos podem ser realizados de várias formas: a empresa pode tanto desenvolver cursos internamente quanto direcionar a pessoa a uma instituição que possua a formação da qual necessitam.

A vantagem nesse tipo de abordagem é que as companhias conseguem reter talentos do mercado que ainda não tiveram uma oportunidade de crescer. Se o profissional tem potencial, basta desenvolvê-lo para que ele comece a entregar bons resultados.

E foi exatamente isso que aconteceu com o desenvolvedor Leandro Zelone. Funcionário da Escriba há cerca de três anos, ele iniciou sua carreira na companhia na área de suporte ao cliente e já conquistou quatro promoções internamente, uma a cada sete meses. Tudo isso após realizar os cursos de capacitação oferecidos pela empresa.

Em janeiro desse ano, até o Google anunciou que ofereceria treinamento para engenheiros. O programa remunerado com duração de seis meses foi realizado para formar Consultores de Soluções Técnicas, que poderiam atuar em projetos focados nos clientes da empresa.

A Capgemini é outro exemplo. Com 200 vagas de emprego para trabalhar em Salvador, a companhia oferecerá uma capacitação durante 30 dias para qualificar analistas de sistemas e consultores recém-contratados na organização.

Como conseguir boas oportunidades no mercado de TI?

Ao ser questionada sobre o que as universidades e cursos técnicos podem fazer para ajudar estes profissionais a alcançar boas oportunidades no mercado, a gerente da Escriba, Rubia Candido, afirma que desenvolver a capacidade de análise e reflexão, comunicação e até relacionamento interpessoal é algo fundamental.

“Identificamos durante os processos seletivos que já existe um foco maior das instituições neste sentido. Ainda podemos evoluir bastante e propiciar aos estudantes uma qualidade comportamental que agregue ao conhecimento técnico adquirido nos cursos”, diz Rubia.

Já os profissionais que formados podem buscar novos conhecimentos nas áreas de interesse e aprimorar suas habilidades. “É necessário que o profissional busque cursos de aperfeiçoamento e esteja sempre atento às mudanças e novidades da sua área”, aconselha a gerente.

E, se o levantamento realizado pela International Data Corportation (IDC) acertar na previsão, o setor de TI deve terminar o ano como a sexta atividade com maior investimento no país, precisando cada vez mais de profissionais qualificados. Além disso, a Brasscom prevê que a área terá aumento de 30% na contratação de profissionais até 2016.

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