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Empresário doa R$ 80 mil e jovem de SP vai para a Stanford

O estudante prodígio (tirou 2.350 de 2.400 pontos possíveis no SAT, o "vestibular" americano) passou em Stanford, mas ainda não tinha dinheiro para pagar


	Empresário conheceu a história de Murata por uma reportagem sobre graduação no exterior 
 (Divulgação)

Empresário conheceu a história de Murata por uma reportagem sobre graduação no exterior (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2013 às 09h16.

São Paulo - A vida do paulistano Lawrence Lin Murata, de 18 anos, tem um novo divisor de águas: o dia 6 de maio. Se o informe sobre sua aceitação pela Universidade Stanford - recebido no início do ano - já foi uma grande conquista pessoal, a notícia de que um desconhecido decidiu bancar os R$ 80 mil necessários para que ele pudesse se manter nos EUA abriu uma nova perspectiva à sua frente.

Foi no dia 6 de maio que um leitor do jornal O Estado de S. Paulo, um empresário que preferiu não se identificar, conheceu a história de Murata e resolveu procurá-lo para bancar o patrocínio. O jovem foi personagem de uma reportagem sobre graduação no exterior.

O estudante prodígio (tirou 2.350 de 2.400 pontos possíveis no SAT, o "vestibular" americano) passou em Stanford, mas ainda não tinha dinheiro suficiente para pagar a universidade e se manter na Califórnia, onde está localizada a instituição. "No mesmo dia em que saiu a reportagem fui convidado para uma reunião com ele (o empresário-mecenas). Quando cheguei ao encontro ele ofereceu os R$ 80 mil", conta Murata.

O jovem foi sozinho à reunião no escritório do empresário. E desde o encontro não esconde a surpresa que teve com a notícia. "Conversamos durante uma hora. No início, fiquei com um pé atrás. Agora, percebi que ele fez tudo isso por pura generosidade. Ele falou que pretende acompanhar a minha trajetória acadêmica e pessoal", afirma.

Com o depósito feito diretamente em Stanford, o garoto que desistiu do curso de Engenharia de Computação na Escola Politécnica da USP - onde havia sido selecionado anteriormente - fará parte da turma de 2017 da instituição que é celeiro da tecnologia no mundo.


"Lá vou ter uma oportunidade incrível. Pretendo criar um centro de empreendedorismo para os novos negócios do País. É um paradoxo brasileiro que a sua essência empreendedora esbarre na burocracia", fala Murata, que tem nos planos fazer o curso de Ciência da Computação e o de Economia ao mesmo tempo nos EUA.

Auxílio

Os R$ 80 mil recebidos, porém, não são suficientes para bancar os quatro anos da graduação. "Juntando com os R$ 15 mil doados pelo Banco BTG Pactual, essa doação extra paga apenas o 1.º ano de estudos. Ainda preciso de auxílio para os três outros anos. Espero angariar mais doações antes de ir para os EUA, em setembro", fala.

Além das preocupações financeiras, Murata procura exercitar o lado psicológico também. "Estou tentando me preparar melhor psicologicamente. Estudar fora significa sair da zona de conforto, mas espero transformar isso num estímulo, não em uma preocupação", diz o jovem, que além de Stanford também foi aceito pela Universidade da Califórnia, Yale e Dartmouth.

Mais casos

Assim como Murata, outros 13 alunos brasileiros passaram em escolas top e precisam de ajuda para estudar no exterior. Para apoiá-los, basta entrar no site prep.estudarfora.org.br e fazer uma doação de qualquer valor. A cada R$ 1 arrecadado, o Banco BTG Pactual vai doar mais R$ 0,50. E para cada mil "curtidas" que a página do aluno receber no Facebook, ele ganhará outros R$ 200.

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