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Empresa busca 'incompreendidos' para conseguir ocupar 600 vagas de TI

Multinacional Invillia aposta em atrair profissionais insatisfeitos com a cultura das empresas em que trabalham para conseguir preencher vagas

 (Charnchai Guoy/Getty Images)

(Charnchai Guoy/Getty Images)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 28 de abril de 2021 às 11h17.

Última atualização em 28 de abril de 2021 às 15h13.

Empresas que apostam na expansão de seus setores de tecnologia vivem um desafio no Brasil: não há profissionais suficientes, principalmente desenvolvedores.

O déficit que chega a 260 mil trabalhadores levou a multinacional Invilla a apostar em contratar pessoas que estão infelizes em seus empregos dentro de organizações que não têm a mesma cultura que a sua. 

A empresa, que é brasileira mas opera em diversos países, oferece produtos e serviços digitais globais.

Para driblar o déficit dos profissionais de tecnologia, a Invillia decidiu abordar a falta de espaço nas companhia para receber e desenvolver profissionais "que pensam diferente" e se "se sentem incompreendidos" nas palavras da empresa.

Em 2021, a Invillia deve abrir 600 vagas para a área. No curto prazo, as principais posições são para developer, software engineer, designer UX e product owner.

Essa abordagem em que as pessoas que se sentem incompreendidas, “estranhonas” onde trabalham, e são convidadas a ir para a empresa contará com uma campanha de marketing com histórias de personagens.

A ação contará com dois meses de campanha em comunidades de inovação e tecnologia, lives em diversos canais do universo geek.

Déficit dos profissionais de TI

Segundo um relatório da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, o déficit de profissionais pode chegar a 260.000 até 2024. 

O número é uma previsão ao comparar o aumento de empregos no setor com a capacidade de formação de alunos no Brasil.

O aumento na procura por desenvolvedores aconteceu principalmente porque o isolamento social na pandemia forçou uma digitalização da economia. 

Apesar de o Brasil fazer parte de uma tendência global de falta de mão de obra qualificada em tecnologia, fatores locais agravam o problema.

A escassez generalizada de profissionais de TI pode causar uma certa paralisação no desenvolvimento da estratégia das empresas. Para driblar isso, elas apostam em salários altos e mimos, mas que podem ter um alto custo, além do financeiro.

De acordo com a consultoria em recursos humanos Revelo, os salários oferecidos aos profissionais de tecnologia dispararam cerca de 20% em 2020, em média.

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