EUA: Robert F. Smith anunciou uma doação de US$ 1,5 milhão para a Universidade de Morehouse (Marcus Ingram/Getty Images)
AFP
Publicado em 20 de maio de 2019 às 12h10.
Última atualização em 20 de maio de 2019 às 12h12.
Este domingo já era um dia de celebração e orgulho para os formandos da Universidade de Morehouse, em Atlanta, no estado da Geórgia, composta historicamente por alunos afro-americanos. Ficou ainda melhor.
Robert F. Smith, um empresário também negro, com uma fortuna estimada em 4,4 bilhões de dólares, comprometeu-se a pagar toda a dívida contraída pelos alunos desta turma para estudar: um total calculado em 40 milhões de dólares.
Smith foi ovacionado pelos mais de 400 estudantes e seus familiares.
"Minha família fará uma doação para eliminar suas dívidas estudantis", disse Smith ao público, segundo a conta da universidade no Twitter.
"Esta é minha classe", afirmou Smith, que assistiu à cerimônia para receber um título honorário.
"Sei que minha turma vai retribuir", ajudando a melhorar as vidas de outros americanos negros.
Este ano, Smith já havia anunciado a doação de US$ 1,5 milhão para a instituição, mas o que aconteceu hoje foi uma surpresa até mesmo para a Morehouse, segundo o "Atlanta Journal-Constitution".
Um porta-voz da Morehouse disse se tratar da maior doação na história da universidade. Entre seus ex-alunos estão o líder dos direitos civis Martin Luther King Jr., o cineasta Spike Lee e o ator Samuel L. Jackson.
O estudante de Negócios Elijah Dormeus contou ao jornal que sua dívida chega a US$ 90 mil. Sua mãe, Andrea Dormeus, é motorista de um ônibus escolar no bairro do Harlem, em Nova York.
Graduado nas universidades de Cornell e Columbia, Smith fundou o Vista Equity Partners em 2000 e, em 2015, já havia se tornado o afro-americano mais rico do país, segundo a revista Forbes. Outra celebridade também doadora da Morehouse é a apresentadora de televisão Oprah Winfrey.
Nos últimos anos, os custos crescentes da educação universitária fizeram da dívida estudantil um problema nacional, abordado por muitos dos pré-candidatos democratas à eleição presidencial de 2020.