O ex-médico Benjamin Leong trocou a rotina clínica pelo desenvolvimento de IA em medtech e revela: curiosidade é mais importante que o conhecimento técnico (Reprodução/LinkedIn). (Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 17 de outubro de 2025 às 15h38.
Benjamin Leong, de 31 anos, fez uma transição de carreira incomum, saindo da medicina tradicional chinesa (MTC) em Singapura para se tornar engenheiro de IA em uma startup de tecnologia médica. A mudança elevou seu salário-base em cerca de 30% e o convenceu de que entrar no campo da IA nunca foi tão fácil.
Leong sempre teve interesse pela área médica. Sem conseguir entrar na faculdade de medicina, escolheu a MTC, mas descobriu o interesse por programação durante uma disciplina de bioestatística em 2020. Meses antes de obter sua licença médica, ele fez um curso intensivo de Python e se apaixonou pela satisfação de "construir algo" com código.
Em 2022, ele iniciou um curso de ciência da computação enquanto praticava medicina. Essa dupla formação o levou a uma startup de IA em medtech em 2024, onde integrou suas habilidades em ambos os domínios.
Leong percebeu uma grande diferença no mindset do trabalho. O médico é focado no tratamento de pacientes e no contato humano, enquanto o engenheiro lida com computadores, planejamento de projetos de longo prazo e gestão de metas, especialmente em uma startup.
"Em codificação, você precisa lidar com coisas como controle de versão, DevOps e gerenciamento de projetos — coisas que eu tive que aprender ao longo do caminho," explicou Leong. O planejamento de longo prazo, necessário para lançar um recurso em meses, era algo que faltava em seu trabalho clínico diário.
No entanto, as habilidades de médico se mostraram valiosas na tecnologia:
O salário-base na startup é cerca de 30% superior ao que ele recebia como médico júnior na MTC.
Leong reconhece que a transição para uma startup em estágio inicial foi arriscada, mas afirma que o risco valeu a pena. Ele enfatiza que o setor de IA se tornou tão avançado que o conhecimento de programação não é mais o maior impedimento.
"Pode ser que você nem precise mais aprender a codificar," disse.
Para quem deseja entrar na área, ele sugere focar no conceito por trás da IA, entender como os modelos são construídos e como o processo se estrutura. Embora alguma habilidade técnica seja necessária, a complexidade diminuiu.
"Não é difícil. A barreira de entrada caiu muito. Existem tantos tutoriais online," afirmou. "Agora você tem o ChatGPT, que pode te ensinar tudo o que você precisa saber."
Leong conclui que a chave é uma boa dose de curiosidade e a disposição de aprender para cruzar essa lacuna.
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