Redação Exame
Publicado em 21 de outubro de 2025 às 13h52.
Aos 62 anos, o engenheiro John Colgrove, co-fundador da Pure Storage, é o mais novo nome a entrar no seleto clube dos bilionários.
A empresa que fundou em 2009, focada em armazenamento de dados com tecnologia flash, hoje tem valor de mercado de US$ 30 bilhões e ações em alta de 70% nos últimos 12 meses, impulsionadas pelo novo acordo estratégico com a Meta, voltado ao suporte de supercomputadores de inteligência artificial. Sua participação de 4% equivale a US$ 1,2 bilhão.
O marco financeiro de Colgrove simboliza mais que uma conquista pessoal,: representa o potencial de valorização de ativos de empresas que operam com alto nível de especialização técnica e visão de longo prazo.
A Pure Storage, que começou como uma aposta em pen drives corporativos, hoje embarca no maior ciclo de expansão de armazenamento de dados desde o início da computação em nuvem.
As informações foram retiradas da Forbes.
O momento vivido pela Pure Storage é resultado direto de uma movimentação que afeta todas as grandes corporações, o investimento acelerado em infraestrutura para inteligência artificial.
Segundo a McKinsey, até US$ 800 bilhões serão gastos em armazenamento de dados nos próximos cinco anos, e empresas com soluções ágeis e escaláveis estarão no centro dessa corrida.
A Pure Storage atua exatamente nesse ponto. Seu diferencial é a tecnologia flash, mais cara que os discos rígidos convencionais, mas com desempenho muito superior, ideal para a latência exigida por aplicações de IA.
Isso coloca a empresa como uma alternativa para organizações que não apenas armazenam, mas também processam dados em tempo real.
O contrato com a Meta, por exemplo, não exige entrega de hardware. Trata-se de um licenciamento de software e propriedade intelectual, o que significa, do ponto de vista financeiro, quase lucro líquido.
Com isso, a empresa preserva margem, reduz custo de operação e maximiza retorno aos acionistas.
Os resultados operacionais acompanham o salto do valor de mercado. Em 2024, a receita da Pure Storage chegou a US$ 3,2 bilhões, com alta de 12% em relação ao ano anterior.
O lucro líquido saltou 74%, alcançando US$ 107 milhões.
Esse crescimento é ainda mais relevante quando se observa o cenário global: o setor de armazenamento de dados cresceu apenas 2,5% no mesmo período.
Ou seja, a Pure Storage ganhou market share, em um mercado altamente consolidado e dominado por gigantes como Dell EMC, HPE e NetApp.
Do ponto de vista corporativo, o modelo de crescimento da Pure Storage traz lições para qualquer CFO ou executivo de finanças.
A empresa levantou mais de US$ 525 milhões em capital de risco nos primeiros cinco anos e abriu o capital em 2015, alcançando valuation de US$ 3,6 bilhões já no IPO.
Desde então, manteve estrutura enxuta, com 13.500 clientes corporativos e atuação segmentada.
Em 2016, enfrentou uma disputa judicial milionária com a EMC, encerrada com um acordo de US$ 30 milhões — absorvido sem impacto relevante nos resultados.
A escolha por licenciar tecnologia, ao invés de fabricar sob demanda, também ajudou a manter a empresa ágil e capitalizada.
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