Marina Gheler trocou seu emprego por empreendimento (Claudio Rossi / VOCÊ S/A)
Da Redação
Publicado em 14 de março de 2013 às 16h21.
São Paulo - Apesar de o número de empresárias no Brasil ser um pouco inferior ao de homens, elas estão entre as de maior iniciativa do mundo, segundo uma pesquisa realizada pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), em 2010. Elas representam 49% dos negócios brasileiros, número que coloca o país no quarto lugar do ranking de mulheres empreendedoras entre as 54 nações pesquisadas.
O estudo também mostrou que as brasileiras estão trabalhando de modo mais planejado e consistente: do total de empreendedores no país por oportunidade, 53% são mulheres e 47%, homens.
Segundo a economista Gina Paladino, que acompanhou o estudo do GEM, entre as principais características femininas está um maior nível de preparo: elas planejam melhor e procuram compreender mais o mercado em que atuam. Quanto às firmas criadas pelas mulheres, a taxa de sobrevivência é maior.
São negócios menores e tendem a estar no setor de serviços, como aponta levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP) para a pesquisa do GEM. As mulheres preferem atividades ligadas ao comércio varejista e à alimentação.
Adeus à empresa e ao carro
A paulista Marina Gheler decidiu, em 2005, aos 21 anos, trocar sua carreira como gerente em uma multinacional de produtos odontológicos, no Vale do Paraíba, no interior de São Paulo, por um negócio próprio. O convite era para ganhar 12.000 reais de salário e gerenciar uma unidade em Joinville, Santa Catarina.
Ela optou por ficar e fez seu plano de negócio com base no trabalho de conclusão de curso da faculdade de marketing. Em 2007, Marina abriu sua loja de semijoias em São Paulo com o dinheiro da venda de um carro popular. Hoje, ela tem 14 funcionários, quatro lojas e mais quatro a caminho, em regime de franquia. As semijoias são de fabricação terceirizada, originárias de fábrica do Rio Grande do Sul.