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Aprenda a negociar e conseguir bons descontos em serviços do dia a dia, como posto de gasolina, cabeleireiro e padaria

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Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2013 às 16h12.

São Paulo - Tudo é negociável. Esse é o princípio que uma pessoa decidida a reduzir seus gastos deve ter para colocar a vida financeira em ordem e planejar uma poupança para o futuro tranquilo, segundo Mauro Calil, professor e educador financeiro do Centro de Estudos e Formação de Patrimônio Calil & Calil, em São Paulo. Ele recomenda uma revisão dos gastos do dia a dia e garante: é daí que virá a economia. 

Não é preciso privar-se do necessário ou do prazeroso. Algumas trocas e barganhas de preços no supermercado, no posto de gasolina, no restaurante, na lavanderia, nas lojas de roupas e presentes, na programação do fim de semana, na academia de ginástica e até no colégio dos filhos, ou seja, nos itens de consumo e serviços usados sempre, serão suficientes para ter resultados. 

Restaurante

Na hora do almoço, no caixa dos restaurantes, em geral, fica o gerente ou o dono. Um cliente assíduo não deve hesitar em propor um desconto. Para almoçar três vezes por semana, ou mais, dá para pedir abatimento de 20%. “A margem desse tipo de negócio é alta”, avisa Mauro Calil.

Se o gasto médio for de 20 reais por dia, são 4 reais de economia na semana. Ou seja, um almoço de graça a cada cinco. Nada desprezível. Dica: a negociação deve ser feita fora do horário de maior movimento.

No bairro

Na padaria, na lavanderia, no lava-rápido, no posto de gasolina, no cabeleireiro não é fácil conseguir um desconto. O valor gasto é pequeno e, na maioria das vezes, o consumo não é tão frequente. A lavagem do automóvel pode custar o mesmo preço de uma refeição, mas esse tipo de serviço só é usado 


a cada 15 dias. Fica mais difícil conseguir um desconto. A dica é ser fiel e esperar a recompensa, que virá. “Fique conhecido na padaria, na lavanderia, no lava-rápido, no posto de gasolina e, certamente, de tempos em tempos, você ganhará um brinde.

Se ele não vier espontaneamente, peça”, diz Mauro Calil. No posto de gasolina o brinde virá como uma lavagem ou troca de óleo. Na padaria, você vai ganhar um cafezinho, enquanto estiver esperando a próxima fornada de pães. 

Super­mercado

O primeiro passo é optar por uma rede atacadista. O ambiente não é tão agradável quanto o dos mercados menores que mimam os clientes, mas a economia é grande. Além de mudar de endereço, há outros macetes. O mais óbvio é trocar marcas mais caras por mais baratas.

“Não se trata de substituir a líder do mercado por uma desconhecida. Dentro das marcas conhecidas e de melhor qualidade, opte por aquela que estiver com melhor preço”, diz Mauro Calil.

Nas redes atacadistas é comum haver descontos para produtos vendidos em caixas fechadas, como sabonetes e tubos de pasta dental. A dica é fazer compras com um vizinho, amigo ou parente e dividir. A tarefa fica mais divertida e, no fim, a conta será mais leve. 

Cartão de crédito

Usar os brindes oferecidos pelo cartão de crédito é uma boa solução. Mas, antes de mais nada, os especialistas recomendam: nada de gastar mais do que poderá pagar na data do vencimento. “O cartão é bom, mas é necessário pagar a totalidade da fatura.

A taxa de juro para a rolagem passa de 300% ao ano”, diz José Alberto Netto Filho, educador financeiro da BM&FBovespa. Outra dica é usar os cartões de crédito de montadoras de carros, com os quais, depois de gastar 100.000 reais, acumulá-se um bônus de 5 000 reais para a compra de um carro zero de valor total ao redor de 30.000 reais. 


Presentes

As liquidações não devem ser usadas para compras desnecessárias. No entanto, essa pode ser uma boa oportunidade para antecipar a escolha de presentes. Camisa polo para homens e bijuteria para mulheres são uma boa pedida. Devem ficar de fora os itens de moda. Em liquidações, os gastos com presentes podem, facilmente, ser cortados pela metade.  

Colégio

Descontos grandes também podem ser negociados no colégio dos filhos, principalmente se são duas ou mais crianças. A receptividade para esse tipo de negociação varia de caso para caso, mas é comum haver bolsas de estudo, e isso não deve ser motivo de constrangimento.

Até quando se trata de uma criança só a negociação deve ser tentada. As escolas preferem segurar um aluno bom pagador, com desconto, do que ter de manter um estudante que não paga. 

Academia e cursos de inglês

Assim como nos colégios, vale a negociação. E, aqui, mais dura. A concorrência é grande. O desconto mínimo exigido para pagamento antecipado é de até 25%.

Lazer

Nas horas de diversão e descanso, a improvisação sai caro. No final do ano passado, Mauro Calil comparou os gastos de duas famílias compostas de dois adultos e duas crianças. 

A primeira não planejava o lazer e, quando o fim de semana chegava, preferia ir a shoppings centers. O gasto médio por final de semana era de 600 reais. A segunda dava preferência a parques, museus e outros espaços culturais. Gastava menos de 150 reais. Uma diferença de 300%.  

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