Carreira

Eaton promove a inclusão através de experiências sensoriais

Na Eaton, os líderes participaram de um treinamento para experimentar as limitações de pessoas com deficiência. Os resultados já estão aparecendo.


	Deficiente visual: na Eaton, gestores experimentaram como é trabalhar com olhos vendados. O objetivo é sensibilizar os líderes para a inclusão.
 (Bia Parreiras/EXAME)

Deficiente visual: na Eaton, gestores experimentaram como é trabalhar com olhos vendados. O objetivo é sensibilizar os líderes para a inclusão. (Bia Parreiras/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2015 às 15h25.

Na Eaton, os líderes participaram de um treinamento para experimentar as limitações de pessoas com deficiência. Os resultados já estão aparecendo.

A multinacional do setor elétrico e automotivo, começou a fazer recentemente uma ação com os líderes da empresa chamada de Café Sensorial em que eles vivem a experiência de alguma deficiência. No primeiro evento, por exemplo, os gestores ficaram duas horas vendados para experimentar a limitação sensorial da visão. O objetivo deste projeto é sensibilizar a liderança para a inclusão.

O supervisor de manufatura Alexandre Oliveira, de 39 anos, participou da palestra, depois tomou seu café e circulou pela sala sempre de olhos vendados. “O café quebrou paradigmas sobre a atuação de pessoas com deficiência no ambiente de trabalho. Eu pude sentir na pele que é possível desenvolver diversas atividades com limitações físicas e percebi que havia oportunidade para trazer pessoas com deficiência para o meu time”, disse.

Sensibilizado com a experiência, o gestor mapeou as vagas em que, mesmo com as particularidades da área fabril, seria possível receber deficientes e dividiu com o RH. “Hoje, entre os 30 colaboradores da minha equipe, três são deficientes auditivos. É impressionante a capacidade de adaptação do ser humano”, afirma Alexandre. Para se capacitar, o supervisor fez cursos de libras, oferecido pela empresa, e se comunica normalmente através da língua de sinais com seus subordinados.

“O resultado foi muito positivo: os portadores de deficiência contratados ajudam no desenvolvimento da habilidade de relacionamento interpessoal da equipe, e o clima de cooperação e colaborativismo também foi impactado positivamente. Hoje, nossa equipe é mais flexível e unida”, conta. Segundo a gerente de marketing e comunicação para a América Central e do Sul, Francis Kusznir, depois dos cafés sensoriais, aumentaram em 125% o número de contratações de deficientes, que é um dos pilares da empresa para os próximos anos. 

Acompanhe tudo sobre:carreira-e-salariosEmpregosMercado de trabalhoPessoas com deficiência

Mais de Carreira

Escala 6x1: veja quais setores mais usam esse modelo de trabalho, segundo pesquisa

Como preparar um mapa mental para entrevistas de emprego?

Para quem trabalha nesses 3 setores, o ChatGPT é quase obrigatório, diz pai da OpenAI, Sam Altman

Sam Altman diz que usou esta estratégia para viver sem arrependimentos: 'Arriscado é não tentar'