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Diretor do LinkedIn dá dicas para conseguir emprego usando a rede

Confira as dicas de Milton Beck, diretor regional do LinkedIn para a América Latina, para tirar total proveito da rede

LinkedIn  (Jaap Arriens/NurPhoto/Getty Images)

LinkedIn (Jaap Arriens/NurPhoto/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2020 às 07h00.

O LinkedIn é uma rede social fundada em maio de 2003. Apesar da característica específica de ser mais voltado para os negócios, uma vez sendo uma rede social, é preciso ter em mente que, no LinkedIn, assim como no Facebook, interagir com outros usuários é imprescindível.

Não se trata somente de ter muitas conexões, como são chamadas as “amizades” dessa rede, mas de produzir engajamento a partir da dessas e outras conexões. Exemplos disso são postagens que podem ser feitas no perfil para estimular a interação com os usuários (por compartilhamento, curtidas, comentários) e também fazer o mesmo com as publicações de outras pessoas, desde que, claro, tenha um interesse real no assunto tratado.

Em um processo seletivo, não só essas interações são importantes, mas também manter o perfil no LinkedIn completo e atualizado são características diferenciais, já que aumentam as chances de a página pessoal na rede social ser bem recomendada pelo próprio LinkedIn e, assim, atrair o interesse de recrutadores.

Toda experiência conta

Para sanar as dúvidas e reunir dicas sobre a rede de relacionamento profissional, o Na Prática conversou com Milton Beck, diretor regional do LinkedIn para a América Latina. Segundo o executivo, a primeira coisa que quem está ingressando no mercado de trabalho precisa ter em mente (principalmente no caso de candidatos a vagas de trainee e estágio) é que “tudo conta como experiência válida: trabalho de conclusão de curso, projetos acadêmicos, trabalhos voluntários, tudo isso é bem visto pelos recrutadores”.

Além disso, segundo Beck, é necessário que o perfil tenha todos os campos preenchidos corretamente. “Uma dica bem básica e que é muito eficaz é verificar se o seu perfil está com todas as informações completas e se seu resumo e descrição de cargos estão com palavras-chave de sua profissão – afinal, os recrutadores buscam profissionais com ferramentas que rastreiam essas palavras”, diz.

Quanto mais, melhor?

No que diz respeito à quantidade de conexões, é comum que usuários de redes sociais pensem que seja fundamental ter “muitos amigos” e, eventualmente, passam a adicionar (ou aceitar como amizade) qualquer pessoa, seja ou não conhecida; tenha ou não identificação com ela.

Para o diretor regional da companhia, o ideal é manter conexões com pessoas que tenham a ver com seus interesses, e isso vale até mesmo para quem está dando os primeiros passos no mercado. “No LinkedIn, não vale a máxima de quanto mais, melhor. Como nesta fase o candidato não tem muitas conexões profissionais, ele pode começar se conectando com colegas de classe, professores que podem ajudá-lo neste começo de carreira”.

Na rede de negócios, também é possível seguir usuários sem que eles pertençam a sua rede de amizades. E fazer isso também é uma boa dica. “Como fonte de conteúdo é recomendável que o usuário, sendo jovem ou não, siga empresas que com as quais se identifica e outros usuários que publiquem conteúdo relevante, como digital influencers, empresários, empreendedores, etc., e que estejam inseridos no seu meio ou no meio em que ele almeja trabalhar.

Por exemplo, se esse jovem está se formando em Economia, seria interessante que ele estivesse por dentro do cenário atual do país por meio desses usuários reconhecidos, artigos, ou pelo boletim diário do LinkedIn”, explica Milton Beck.

O que compartilhar

Como já dissemos, manter um perfil atualizado é fundamental, mas pode haver muitas dúvidas, principalmente por parte de quem está iniciando a carreira, sobre com que freqüência fazer essa atualização e, também, que tipo de conteúdo publicar. De acordo com o executivo do LinkedIn, “o ideal é que o usuário entre todos os dias na plataforma, compartilhe artigos e notícias, pelo menos, três vezes por semana, e publique, pelo menos, duas vezes ao mês”.

O uso de vídeos nos posts também é uma boa dica, pois podem gerar mais engajamento, mas, nesse caso, vale um alerta: o conteúdo deve estar dentro do contexto de perfil desse usuário. “Se ele for um jornalista recém-formado e esteja à procura de uma vaga de produtor de conteúdo, ele pode usar esse formato para alavancar suas publicações.”

E, se o bom senso deve acompanhar qualquer postura, seja pessoal ou profissional, não seria diferente no LinkedIn. Perguntamos ao executivo da plataforma quais seriam as dicas de boas maneiras para usar a rede. “Além das boas práticas relacionadas ao conteúdo (não postar nada ofensivo, com teor de preconceito) e ter um perfil com informações verídicas, quando um usuário identifica na rede alguém que admira e que com quem gostaria de trabalhar, pode começar a seguir esta pessoa para acompanhar os conteúdos postados e compartilhados e, posteriormente, enviar uma mensagem se mostrando disponível para uma conversa e falar um pouco mais sobre sua carreira”.

Com bom senso, interesse e dedicação de pelo menos alguns minutos diários, o LinkedIn pode ser uma ferramenta capaz de auxiliar não apenas na pesquisa de vagas relevantes, mas também de aproximação entre o candidato e os profissionais que admira.

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Este artigo foi originalmente publicado pelo Na Prática, portal da Fundação Estudar.

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